A sessão para analisar a reforma trabalhista no Senado precisou ser suspensa pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), nesta terça-feira (11), depois que senadoras da oposição ocuparam a mesa do plenário, onde fica a cadeira do senador, e se recusarem a deixar o local. Entre as senadoras está a piauiense Regina Sousa (PT).
Cerca de cinco minutos após Eunício ter determinado a suspensão, as luzes no plenário foram parcialmente apagadas. A assessoria de Eunício não disse de quem partiu a ordem para desligar as luzes. A oposição diz que a ordem partiu do presidente da Casa.
Além de Regina, ocuparam os lugares na mesas as senadoras da oposição Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Fátima Bezerra (PT-RN).
- Foto: Reprodução/TV SenadoSenado luzes apagadas no plenário
Assim que a sessão foi iniciada, por volta das 11h, elas se sentaram à mesa do plenário, quando Eunício ainda não estava no local. Pelas regras do Senado, qualquer senador pode abrir uma sessão, desde que haja quórum. Foi isso que as oposicionistas fizeram.
As senadoras são contra a reforma trabalhista e aproveitaram a primeira hora da sessão para passar a palavra para outros parlamentares que discursavam contra a proposta enviada pelo governo.
- Foto: Facebook/Gleisi HoffmannSenadoras ocupam mesa do presidente do Senado
Por volta de meio-dia, quando Eunício chegou ao plenário, a senadora Fátima Bezerra, que estava sentada no lugar, não quis ceder o espaço. Ele usou o microfone da senadora, apesar da resistência dela, para avisar que cortaria o som dos microfones se ele não pudesse se sentar.
Segundo o G1, cerca de 40 minutos após a sessão ter sido suspensa, as senadoras permaneciam na mesa e transmitiam a situação do plenário do Senado ao vivo pelas redes sociais.
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