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Política

Wellington Dias comenta julgamento da chapa Dilma-Temer

O processo que será julgado contém 23 acusações de atos ilícitos que teriam ocorrido na campanha com o objetivo de beneficiar Dilma e Temer.

No lançamento de livro no Salipi na noite de segunda-feira (5), o governador Wellington Dias (PT) comentou o julgamento que será realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a campanha que elegeu a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB).

O processo que será julgado contém 23 acusações de atos ilícitos que teriam ocorrido na campanha com o objetivo de beneficiar Dilma e Temer. Wellington Dias destacou que é preciso ter cautela em relação ao assunto, já que tanto a petista como o peemedebista estão sendo julgados juntos e, dessa forma, os dois podem ser condenados. O Ministério Público pede a cassação do mandato de Temer e que Dilma se torne inelegível por 8 anos.


“Acho que muitas vezes pela paixão as pessoas saem da realidade e querem que cassem o A porque não gostam dele ou querem que cassem o B porque é opositor. O fato é que temos que torcer para a constituição prevalecer. A lei deve prevalecer. Se a gente tem provas que justifiquem que houve crime, claro que a justiça terá que tomar uma posição, mas também não podemos sair do campo da lei. Creio que um problema grave que temos é o pré-julgamento. Você condena antes de ver as provas e isso amanhã acontece com outra pessoa, mas amanhã pode acontecer comigo. Então quando eu digo que o manual é a Constituição Federal, é porque é bom para todo o Brasil”, afirmou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Wellington DiasWellington Dias

Sobre a operação Lava-Jato e o combate à corrupção, o governador afirmou que as investigações são positivas, mas que não podem ocorrer abuso de autoridade no decorrer delas.

“Creio que qualquer brasileiro defende o combate rigoroso a corrupção, não podemos ter complacência com alguém que pega o dinheiro público e faz acrescentar algo ao seu patrimônio pessoal e vai na lei da vantagem. Agora quero deixar claro que isso [investigação] deve ser feito dentro da lei. O combate a corrupção ele é bom, mas é bom quando é feito com base na legislação, não quando é feito de forma arbitrária, quando se usa uma prisão de tortura, com ataque aos direitos humanos”, destacou.

Wellington afirmou ainda que algumas pessoas foram presas e logo depois foram comprovadas que elas não cometeram crimes. “Temos pessoas que ficaram um longo período presas, foram execradas pelos meios de comunicação e agora foram liberadas como inocentes. E aí, quem é que vai pagar uma situação como essa? Temos processos que correm em segredo de justiça e que ficam sendo divulgados. Gravações da presidente da república sem cumprimento da legislação, eu defendo que devemos apoiar as investigações, não só de Curitiba, mas do Piauí, de qualquer lugar do Brasil no combate à corrupção, mas sempre dentro da lei, aquilo que é fora da lei é abuso de autoridade”, afirmou o governador.

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