Em depoimento na delação premiada à Procuradoria-Geral da República, o empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, disse que nos “últimos anos”, a empresa pagou R$ 400 milhões em propina a políticos e servidores públicos. Nessa lista, estão incluso senadores, deputados e presidentes da República.
Segundo Joesley, a empresa fez um levantamento interno sobre os valores a seu pedido, pois ele sabia que seria chamado a dar explicações ao Ministério Público Federal (MPF).
- Foto: Ayrton Vignola/Estadão ConteúdoJoesley Batista
O grupo JBS, responsável pela marca Friboi, é alvo de pelo menos cinco operações policiais que investigam fraudes contra administração pública, lavagem de dinheiro e corrupção.
De acordo com o Estadão, o empresário contou que seu grupo empresarial está envolvido em crimes há “10, 15 anos”. O montante de doações legais a políticos, segundo ele estimou, é bem menor que o que foi o distribuído “por fora”: R$ 100 milhões.
Relembre o caso
Os empresários Joesley e Wesley Batista, donos da JBS realizaram acordo de delação com PRG no final de março. Entre abril e maio, os dois prestaram depoimentos. O negociador da delação foi o diretor jurídico da JBS, Francisco Assis da Silva, que depois também virou delator.
Os dois disseram na delação à PGR que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado, além de mostrarem uma gravação, na qual o senador Aécio Neves (PSBS-MG) pedindo R$ 2 milhões.
Ver todos os comentários | 0 |