O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quinta-feira (18), o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o caso não será levado ao plenário, segundo o gabinete do ministro.
O caso só deverá ser avaliado no plenário se o procurador-geral da República, autor do pedido, recorrer da decisão de Fachin.
O ministro também decidiu afastar Aécio Neves do mandato. Ele pode ir ao Congresso, mas não pode votar nem fazer nenhum ato como parlamentar. Aécio teve também o passaporte aprendido e está proibido de ter contato com outros investigados.
O empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, fez acordo de delação premiada com Procuradoria Geral da República e entregou uma gravação de 30 minutos na qual Aécio, presidente nacional do PSDB, pede ao empresário R$ 2 milhões para pagar a defesa dele na Operação Lava Jato. Fachin já homologou a deleção do empresário.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMinistro Edson Fachin
Para a tarde desta quinta, está marcada sessão do Supremo. Entre os 11 ministros, só não deverão participar Luís Roberto Barroso, que está em Londres, e Gilmar Mendes, que chega a Brasília na noite desta quinta, vindo de São Petersburgo, na Rússia.
De acordo com o G1, além do afastamento de Aécio, foram autorizadas outras diligência para serem executadas durante o dia. Na noite desta quinta, o ministro Edson Fachin deverá analisar as provas coletadas durante o dia e também avaliará se manterá ou retirará o sigilo das delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista.
Operação Patmos
Na manhã desta quinta, endereços ligados a Aécio Neves no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília foram alvos de mandados de busca e apreensão
O acesso aos corredores dos gabinetes dos senadores Aécio Neves e do deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) no Congresso Nacional foram bloqueados pela manhã.
No Rio, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três endereços: os apartamentos de Aécio e da irmã dele e o imóvel de Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito de do ex-deputado Eduardo Cunha. A irmã do senador, Andrea Neves, foi presa em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte.
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