Nesta sexta-feira (24) o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, teceu críticas ao vazamento dos depoimentos sigilosos prestados por executivos da Odebrecht, no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, de 2014.
“Eu exijo que nós façamos a devida investigação nesses vazamentos lamentavelmente ocorridos. Isso fala mal das instituições. É como se o Brasil fosse um país de trambiques”, disse ao participar de um seminário sobre reforma política no TSE.
Nessa quinta-feira (23), o ministro Herman Benjamin, relator do caso no TSE, autorizou investigações sobre o vazamento atendendo a um pedido feito pelos advogados de Dilma.
Nesta semana, a informação de que o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, disse em depoimento ao TSE, de que fez pagamentos de caixa 2 para a campanha de Dilma, veio a público.
- Foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo Gilmar Mendes
O ministro criticou ainda sobre os vazamentos de informações sigilosas em outras investigações, como as da Operação Lava Jato. “Acho que em todos os setores isso tem que ser feito. Vazamento feito por autoridade pública é crime. Tem que ser investigado e nós vamos investigar aqui”, afirmou.
De acordo com o Estadão, no início da semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, rebateu as críticas de Gilmar e acusou o ministro de promover “disenteria verbal” e sofrer de “decrepitude moral” ao fazer insinuações contra o trabalho da PGR.
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