Após a votação que arquivou a denúncia contra o presidente Michel Temer, o Palácio do Planalto planeja fazer um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também do PMDB. Mesmo com o arquivamento, o presidente perdeu força na Câmara e precisa de apoio para aprovar projetos importantes para seu governo.
O grupo, atualmente liderado por Maia (seu antecessor Eduardo Cunha continua preso pela Lava Jato) conta com os partidos PP, PR e PSD e tem como objetivo tirar o PSDB da Esplanada, sob justificativa de que a infidelidade dos parlamentares ao presidente se dá por conta da presença dos tucanos no governo Temer.
- Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoMichel Temer
De acordo com o Estadão, Temer pediu que Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, acertasse com Maia uma mudança na Proposta de Emenda À Constituição (PEC) sobre a reforma de Previdência. O governo pretende aprovar primeiramente a redução da idade mínima para a concessão do benefício e na quebra de privilégio dos trabalhadores.
“Michel sempre manteve uma boa relação com o Parlamento, o Brasil vive uma crise profunda e acredito que a Câmara terá um papel relevante para sairmos da crise. Não se pode misturar embate político com a agenda do País”, declarou Maia.
“Ganhou, mas não levou”
Atualmente o PSDB se encontra dividido, tanto que durante a votação da segunda denúncia contra o presidente, na última quarta-feira (25), foram 23 votos contra o arquivamento e apenas 21 a favor.
O deputado Orlando Silva (PC do B – SP) afirmou que o Planalto, na tentativa de salvar o presidente, acabou “sangrando” as contas públicas. “O presidente ganhou, mas não levou”, afirmou.
Ver todos os comentários | 0 |