A Câmara dos Deputados decidiu na noite desta quarta-feira (02) arquivar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer (PMDB) e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil e Moreira Franco, da Secretaria-Geral. Apenas com a autorização dos deputados o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia julgar a denúncia.
Foi votado um relatório do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) que propôs a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer. Dos 10 deputados piauienses, apenas quatro votaram a favor do prosseguimento da denúncia: Rodrigo Martins (PSB), Silas Freire (Podemos), Fábio Abreu (PTB) e Assis Carvalho (PT).
Os demais deputados votaram a favor do relatório, ou seja, pelo arquivamento da denúncia. Foram eles: Átila Lira (PSB), Heráclito Fortes (PSB), Iracema Portella (PP), Paes Landim (PTB) e Júlio César (PSD). Já Marcelo Castro (PMDB) que não compareceu na primeira votação da denúncia, também não compareceu nessa segunda votação.
- Foto: GP1Deputados federais do Piauí
A Procuradoria-Geral da República apresentou a denúncia acusando Michel Temer como líder de organização criminosa formada por políticos do PMDB da Câmara. Além disso, o presidente também é acusado de obstrução de Justiça nas investigações da Operação Lava Jato.
As justificativas
Na votação o deputado Assis Carvalho afirmou que “se os corruptos dizem sim, eu digo não [ao parecer pelo arquivamento da denúncia]. Nosso voto é pelo Piauí e pelo Brasil”. Já o deputado Átila Lira disse que seu voto é favor de Temer, “pela estabilidade política e retomada da economia”.
Fábio Abreu também votou pela investigação, “pela moralização e transparência”. Silas Freire disse que a “denúncia é muito grave e muito séria, enquanto estiver aqui não posso envergonhar o povo do nosso Piauí”.
Já Júlio César defendeu o arquivamento, “pela melhoria dos indicadores econômicos, pela queda da inflação e dos juros”. Rodrigo Martins disse durante seu voto que “toda corrupção e formação de quadrilha merece ser investigada, por isso voto sim pelo prosseguimento da denúncia”.
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