Na manhã desta quarta-feira (18), um grupo de construtores e o Sindicato dos Bancários realizaram um protesto contra a suspensão do crédito imobiliário para o Minha Casa Minha Vida pela Caixa Econômica Federal, que ocorre há 45 dias. O ato aconteceu em frente à sede da Superintendência da Caixa no centro de Teresina e nesta quinta-feira (19), será realizado em todos os outros estados da federação.
“Estamos sem perspectiva para os trabalhos já contratados e para novos contratos. Grandes e pequenos construtores estão sendo afetados. Essa suspensão gera prejuízo e desemprego. Vários setores estão sendo prejudicados como lojistas de material de construção, corretores, correspondentes bancários, construtoras e trabalhadores da construção civil”, declarou Júnior Veloso, um dos manifestantes.
- Foto: Divulgação/AscomSindicato e construtores fazem protesto em Teresina
O Piauí conta com o maior projeto de habitação popular do Governo Federal no país, o residencial Jacinta Andrade com mais de 4 mil casas construídas e financiadas a baixo custo para a população carente.
Diante dessa notícia, o deputado federal Silas Freire (Podemos-PI) destacou, no plenário da Câmara Federal, que a Caixa Econômica Federal tem sim dinheiro e que o que está faltando é a autorização de capital. O parlamentar pediu uma mobilização da classe política para resolver a questão.
- Foto: Divulgação/AscomSindicato e construtores pedem a manutenção do Minha Casa Minha Vida
“Num país de milhares de desempregados, os trabalhadores da construção civil podem perder seus empregos e os empresários da área ficam sem condições de gerar novos empregos. Mas o que está faltando não é dinheiro, é uma autorização de capital. Na próxima terça-feira (24), na reunião do conselho curador da Caixa Econômica Federal, com base no acordo de Basiléia, poderá ser autorizado ao Banco Central o uso do capital de R$ 10 bilhões pela Caixa Econômica, recursos esses do FGTS, para que não congelem de vez a construção civil na área da habitação, para que possamos gerar empregos”, destacou Silas.
O acordo de Basiléia prevê que os bancos que emprestam e que tem níveis de risco variados, tenham capital suficiente para cobrir o risco do que emprestam. O referido acordo aplicado à Caixa Econômica faz com que o capital dela tenha que crescer em muito para que existam recursos adicionais para programas como o Minha Casa Minha Vida e a Caixa está toda mobilizada para que este título de R$ 10 bilhões possa ser aprovado pelo Conselho.
- Foto: Divulgação/AscomSilas Freire
“Precisamos nos mobilizar para encontrar essa saída. Peço inclusive a intervenção do próprio presidente Rodrigo Maia para que possamos conversar com o conselho curador para abrir essa possibilidade”, finalizou o parlamentar.
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