O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse neste domingo (15) que o advogado de Michel Temer (PMDB) é um “incompetente”, segundo informações da Coluna do Estadão.
As críticas são contra o advogado Eduardo Carnelós, após a divulgação de vídeos da delação do operador financeiro Lúcio Funaro, que foi divulgado no site da Câmara dos Deputados. Nessa delação, Funaro faz várias revelações que atingem diretamente o presidente Michel Temer e, por causa disso, o advogado Eduardo Canélos afirmou que todo o caso se tratou de um “vazamento criminoso” e que era “inaceitável a publicidade espetaculosa à palavra de notório criminoso, que venceu a indecente licitação realizada pelo ex-PGR para ser delator, apenas pela manifesta disposição de atacar o Presidente da República”.
Segundo informações da Câmara, os vídeos da delação de Funaro foram divulgados no site em 22 de setembro, junto com os outros documentos relacionados à segunda denúncia pelo crime de organização criminosa contra Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Após receber ofício da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, o secretário-Geral da Mesa Diretora, Wagner Soares, determinou que os vídeos fossem divulgados.
- Foto: Agência BrasilMichel Temer e Rodrigo Mai
A divulgação do material ocorreu pelo site da Câmara, na mesma semana em que Rodrigo disparou duras críticas a Temer e ao PMDB, em razão do assédio dos peemedebistas a parlamentares do PSB com os quais o DEM negociava filiação. Para a Coluna do Estadão, o presidente da Câmara Rodrigo Maia, rebateu a declaração de Carnélos esclarecendo apenas que “não teve vazamento. O advogado é incompetente”.
Já o advogado divulgou nota afirmando que não sabia que a publicação dos vídeos havia sido autorizada. “Quando divulguei nota ontem, referindo-me a vazamento que qualifiquei como criminoso, desconhecia que os vídeos com os depoimentos de Funaro estavam disponíveis na página da Câmara dos Deputados. (…) Não poderia supor que os vídeos tivessem sido tornados públicos. Somente fiquei sabendo disso por meio de matéria televisiva levada ao ar ontem”, disse.
Ele ainda negou que quisesse indicar que Rodrigo Maia teria cometido algum crime. “Jamais pretendi imputar ao presidente da Câmara a prática de ilegalidade, muito menos crime, e hoje constatei que o ofício encaminhado a S. Ex.ª pela Presidente do STF, com cópia da denúncia e dos anexos que a acompanham, indicou serem sigilosos apenas autos de um dos anexos, sem se referir aos depoimentos do delator, que também deveriam ser tratados como sigilosos”, destacou o advogado.
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