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Política

Ciro Nogueira cancela reunião que definiria apoio do PP ao governo

Diante das críticas e reclamações, Ciro Nogueira decidiu cancelar a reunião, após pedido de senadores do partido que são oposição ao governo.

O senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, cancelou a reunião que iria acontecer nesta quarta-feira (6) com os membros da bancada da Câmara e Senado para decidir se o partido permanece ou não, na base do governo de Dilma Rousseff (PP).

Dilma sinalizou que deve aumentar o espaço do PP no governo ao entregar a diretoria do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) para o partido na terça-feira (5). Com essa sinalização e ciente que possui o apoio da maioria dos progressistas, o senador piauiense decidiu realizar nesta quarta-feira a reunião que definiria a posição do partido, o que não foi bem recebido pelos membros do partido que são favoráveis ao impeachment e à saída do PP do governo. 

Diante das críticas e reclamações, Ciro Nogueira decidiu cancelar a reunião, após pedido de senadores do partido que são oposição ao governo. Ao Estadão, Ciro Nogueira criticou a atitude da ala pró-impeachment em tentar barrar a reunião e afirmou que se os opositores tivessem “número para desembarcar [do governo] hoje, a reunião teria acontecido”. Segundo Ciro, dos 57 parlamentares do partido, 40 querem permanecer no governo.
Imagem: Brunno Suênio/GP1Senador Ciro Nogueira(Imagem:Brunno Suênio/GP1)Senador Ciro Nogueira
O senador disse ainda que “eles [da ala pró-impeachment do PP] cometeram o mesmo erro do PMDB”, ao fazer uma analogia ao desembarque do PMDB do governo, que foi considerado por alguns como “um tiro no pé”.

Ciro Nogueira também evitou falar sobre qual será a orientação da bancada do PP na votação do impeachment. “Ainda estamos decidindo se liberaremos o voto ou não na votação do impeachmet. Mas a tendência da maioria do partido é votar com a presidente Dilma”, explicou. O senador afirmou ainda que os parlamentares que votarem a favor do impeachment, não serão perseguidos.

Sobre negociação de cargos com o governo, o senador negou que o partido tenha feito qualquer negociação de cargo para se manter na base. “Nenhum membro do PP, inclusive o presidente, está autorizado a negociar cargos com o governo”, destacou. O Estadão ainda afirma que PP espera mais nomeações para o segundo escalão do governo, principalmente para o Banco do Nordeste (BNB) e para a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).


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