O deputado estadual Dr. Pessoa (PSD), explicou em entrevista ao GP1 porque se absteve de votar sobre a PEC 03, que limita gastos públicos no Piauí e estabelece o novo regime fiscal para o estado. A proposta de autoria do governador Wellington Dias foi aprovada na Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (26). Dr. Pessoa foi o único deputado presente na sessão que se absteve, os outros 24 parlamentares votaram pela aprovação da PEC, cinco deputados não compareceram à sessão.
O parlamentar comentou que é contra a proposta de Temer, a nível nacional, sobre o teto para gastos públicos da União. Dr Pessoa defendeu outras formas de diminuir despesas e citou as regalias de membros do Executivo, Legislativo e Judiciário que somam bilhões anualmente. Para ele, a contenção de gastos da forma proposta pelo Governo Federal não será a solução para a economia.
- Foto: Lucas Dias/GP1Dr. Pessoa
“A PEC de Brasília, na minha visão é uma PEC da morte, porque o poder central, presidente, governadores e etc não souberam conduzir o Brasil, antes mesmo do Fernando Henrique Cardoso. O descaso com o dinheiro público, o desperdício e o desvio foi grande e não foi o povo. Essa PEC deveria ter sido era enxugando a máquina administrativa do poder Executivo, de cima para baixo e não de baixo para cima”.
Sobre a votação da PEC estadual, o deputado disse que não percebeu muitas diferenças, mas viu que se votasse contra não mudaria o resultado, a aprovação. Assim, resolveu ter um posicionamento mais brando, a abstenção. “Parabenizo o Wellington, porque é um dos governadores do Brasil que melhor está conduzindo o destino administrativo do estado. A minha justificativa por não ter votado a favor ou contra o governador, é que meu voto não ia mudar a diferença, não ia virar a votação, eu usei uma forma mais suave, de me abster. Eu acho que não é de atitudes dessa natureza que vai o rumo das coisas. Eu só aprovo uma medida se começar a tirar da gente mesmo, do poder Legislativo, enxugar de modo geral, dos poderes principalmente do Legislativo e do Executivo e também do Judiciário, porque tem muitas mordomias”, explicou o deputado.
Ver todos os comentários | 0 |