- Foto: Reprodução / TV GloboPiloto Marcos Martins
A Justiça do Trabalho de São Paulo condenou o PSB, os empresários João Carlos Lyra e Apolo Santana Vieira e a construtora AF Andrade a pagarem débitos trabalhistas, mais indenizações por danos morais e materiais, à família do piloto Marcos Martins. Ele comandava o jato em que morreu o ex-candidato à Presidência Eduardo Campos em agosto de 2014.
De acordo com o G1, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea, divulgou um relatório sobre as causas que provocaram o acidente. O documento apresentado apontou uma série de falhas dos pilotos, além da falta de treinamento e conhecimentos específicos sobre a aeronave, um Citation 560XLS+.
O juiz Samuel Batista de Sá, que analisou a questão trabalhista do comandante, entendeu que, além dos débitos trabalhistas pendentes, o partido e os empresários contrataram os pilotos sem o treinamento necessário.
João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira eram amigos de Campos e intermediavam uma transação com a AF Andrade, dona do avião, para a aquisição do jato, que nunca se concretizou. Ambos foram presos pela Polícia Federal na Operação Turbulência, que investiga uma organização criminosa suspeita de lavagem de dinheiro. Eles foram soltos dias depois.
Calculando o salário do piloto mensal em R$ 28 mil, o magistrado entendeu que somente a indenização por danos morais fica em torno de R$ 560 mil. Além disso, a causa total está estimada em R$ 2 milhões.
Ver todos os comentários | 0 |