Marcondes Gadelha confirma divergências dentro do PSC no Piauí

Em visita ao GP1, na manhã desta sexta-feira (06), o vice-presidente nacional do PSC, Marcondes Gadelha, acompanhado do secretário geral do PSC no Piauí, Gustavo Henrique, falou sobre reunião realizada, na noite de quinta-feira (5), para discutir problemas internos do partido no Piauí.

Os problemas internos seriam principalmente devido à insatisfação de alguns membros com o diretório do PSC de Teresina, que é comandado por Francisco Juriti. Na quinta-feira, membros a favor de Francisco Juriti, com a participação de Mão Santa, afirmaram que não há nenhum problema no diretório.
Marcondes Gadelha confirmou que existem problemas no partido e que a comissão formada por membros da executiva nacional veio ao Piauí tentar encontrar uma solução.

“Viemos examinar a situação local do partido. A gente não vai esconder que existem divergências, mas elas são coisas naturais dentro do processo democrático. A convivência partidária, em qualquer país democrático sempre foi conflitiva e gerou posições diferentes. Tentamos é claro conciliar. O partido mandou para cá três dirigentes da nacional”, disse.

Segundo o vice-presidente nacional do PSC, se as partes divergentes não entrarem em acordo, deverá haver intervenção da executiva nacional. “A preocupação nossa é encontrar algum caminho para conciliar e vamos insistir nessa luta pelo entendimento. Se não conseguirmos, a executiva vai se pronunciar a partir de Brasília de uma forma ou de outra, mas a luta nesse momento é buscar o consenso”, declarou o vice-presidente.
Marcondes disse que um dos objetivos da visita também foi falar para os membros do PSC sobre os avanços do partido e objetivos em 2016.

“Viemos falar dos avanços do partido, que evolui muito, está muito bem e vai disputar competitivamente nos grandes centros, principalmente em São Paulo com o Marcos Feliciano e diria que de uma forma indireta o partido acabou sendo repositório de toda a insatisfação do povo do Brasil com a corrupção, com a crise econômica, coma crise social, política, moral. O povo começou a buscar novos valores e esses valores são exatamente os que formam o PSC. Valores no solidarismo cristão, na mensagem da bíblia. Achamos que a mensagem social do evangelho tem aplicação na vida política e social de hoje e a gente tem que se esforçar muito. A procura pelo PSC é uma coisa muito espontânea e acontece em toda parte. O fato é que o partido está crescendo muito e vai ser a bola da vez. O PSC vai ser o partido que vai crescer mais nos próximos anos”, afirmou.

Eleições

Marcondes explicou ainda que o partido já está se preparando para as eleições de 2016 e que tem como recomendação que os diretórios deem prioridade para as candidaturas próprias.

“Acho que o PSC está se preparando. Teremos muitos candidatos a prefeitos, então essa ideia está se disseminando no Estado todo. Aqui em Teresina a gente está cuidando da chapa de vereadores, mas não descartamos a hipótese de uma chapa majoritária própria. Aliás, a candidatura própria é sempre privilegiada pelo partido, temos sempre prioridade. No caso de não ter candidato próprio [a prefeito], a hipótese de coligação vai prevalecer. Todos os candidatos têm liberdade para conversar com quem quiser, mas sabendo que a decisão final será da executiva nacional. Isso é matéria de estatuto. Em todo município com mais de 100 mil eleitores, toda e qualquer coligação da majoritária tem que passar pelo crivo da executiva nacional”, disse o vice-presidente em entrevista ao GP1.