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Política

Acusado de matar vendedora de arrumadinhos é preso em Teresina

O acusado foi identificado como José Augusto de Lima era amigo da vítima e de sua família.

A Delegacia de Homicídios realizou na tarde desta quinta-feira (15) entrevista coletiva para falar sobre o assassinato de Maria da Cruz Batista que aconteceu em dezembro de 2014. O corpo foi encontrado próximo ao Shopping Riverside e junto com ele havia um bilhete onde o acusado pelo crime afirmava que tudo aconteceu após um roubo mal sucedido. Maria era conhecida por vender arrumadinhos no bairro Poti Velho.

A polícia descobriu que o crime na verdade aconteceu em um motel localizado na Avenida Centenário e que o acusado identificado como José Augusto de Lima era amigo da vítima e de sua família. Ele foi preso nesta terça-feira (13) e está na Central de Flagrantes. O crime foi passional.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Coletiva de imprensa(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Coletiva de imprensa

O corpo

O corpo de Maria foi encontrado por populares com vários sinais de violência. Ela estava sem os objetos pessoais e a identificação. Além disso, com ela tinha um bilhete que dizia: "Eu matei, porque ela reagio e tinha pouco dinheiro e foi dizer que tinha dois filho adivogados pra fera com nois”. O bilhete continha vários erros ortográficos que acabaram ajudando a polícia a solucionar o caso.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Bilhete encontrado no local(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Bilhete encontrado no local
Segundo a polícia, sem os documentos da vítima, eles conseguiram a sua identificação com a ajuda da imprensa, que conseguiu encontrar seus familiares. “No primeiro momento, ela estava sem seus objetos pessoais, então inicialmente começamos as investigações pelo corpo, o bilhete que tinha vários erros de português foi um dos pontos que nos ajudou a chegar ao acusado, e com a ajuda das câmeras de segurança onde nós descobrimos o horário da sua morte”, disse o delegado Emerson Almeida que comandou a investigação.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Delegado Emerson Almeida(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Delegado Emerson Almeida
O delegado Emerson Almeida afirmou que logo começou a colher depoimentos de familiares e amigos da vítima. Em um desses depoimentos, uma pessoa afirmou que os erros ortográficos encontrados no bilhete pareciam com o de uma pessoa que é ligada à vítima, no caso José Augusto. Em conversas com amigos do suspeito, a polícia descobriu que o carro do acusado estava com cheiro de sangue.

Além disso, descobriram que ela saiu de casa às 14hrs do dia 16 de dezembro e que disse para a família, que iria para o Centro, mas em contato com o mototaxista que pegou Maria, ele afirmou que ela foi para a praça do Marquês.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Imagem de câmera mostra Maria na Praça do Marquês(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Imagem de câmera mostra Maria na Praça do Marquês
Imagens de câmeras de segurança do local mostraram Maria entrando no carro de José Augusto e que eles seguiram até um motel localizado na Avenida Centenário. De 14h58 às 22h18, eles ficaram no local.

O crime

Policiais descobriram que a mulher foi assassinada no motel. A polícia afirma que não existe uma comprovação que os dois tinham uma relação amorosa, mas as provas levariam isso. Segundo depoimento de José Augusto, os dois teriam ido até o local para conversar e acabaram tendo uma discussão. Ele alegou que a morte de Maria foi um acidente. Com a discussão ele teria empurrado a mulher, que bateu a cabeça em uma cabeceira de cimento e depois no chão.

“Ele disse que depois disso ficou assustado e que por isso não chamou ninguém para a ajudar. Mas isso não é verdade. Descobrimos que ela realmente bateu a cabeça na cabeceira, mas ao cair no chão, ele usou uma chave de roda para bater nela. Ela teve a cabeça dilacerada e o pescoço foi quebrado. As marcas no corpo dela mostram que ela tentou se defender, então não faz nenhum sentido dizer que isso foi um acidente. Depois que ele matou ela, tentou limpar o local. Lá ele elaborou como despejaria o corpo dela. Ela foi assassinada por volta das 17hrs e ele ficou no quarto até 22hrs. Ele ainda avisou para o pessoal do estabelecimento que a mulher dele tinha menstruado e que por isso as cochas da cama estavam sujas de sangue. Com isso ele teve até que pagar um valor adicional no local.
Conseguimos as faturas de tudo isso”, disse o delegado.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Local do Crime(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Local do Crime
Logo após o crime, ele foi até a casa de um parente para tentar criar um álibi. Ele ainda começou uma história de que seu carro poderia ter sido clonado, tudo com o objetivo de tentar despistar a polícia caso ele fosse identificado.

José Augusto foi preso na Piçarra e já confessou o crime. Ele ainda sustenta que foi um acidente e disse que estava sofrendo chantagem da vítima e que ela teria até exigido dinheiro para fazer uma viagem.

“Isso também é mentira dele. Na verdade ele que perseguia ela. Familiares relatam que ela sempre recebia ligações e desligava o telefone. Ela já tinha até proibido que ele fosse a seu estabelecimento. Então essa informação não confere. Ele é que vivia perseguindo ela. Não sabemos se isso era porque ele não era correspondido [amorosamente]. Ela era casada e ainda não temos a informação se eles tinham um relacionamento amoroso, mas os indícios levam a isso”, disse o delegado.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1José Augusto de Lima(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)José Augusto de Lima
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Carro do acusado(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Carro do acusado
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Fatura do motel(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Fatura do motel
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Onde foi encontrada a vítima(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Onde foi encontrada a vítima





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