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Política

"Joaquim Barbosa age com vingança", diz presidente do PT sobre prisões

Lideranças do .criticam forma como presidente do Supremo executou penas de condenados pelo mensalão

Dirigentes petistas criticaram nesta segunda-feira, 18, a forma como o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, executou as prisões dos condenados por envolvimento no mensalão. Para eles, Barbosa agiu com vingança e "à revelia da lei".

O secretário-geral do PT, deputado Paulo Teixeira, afirmou que há um clima de "indignação" no partido em relação à forma como as prisões estão sendo cumpridas e opinou que Barbosa agiu com "objetivo político" ao obrigar os condenados a viajar para se apresentarem em Brasília. Entre os 11 condenados presos estão o ex-ministro José Dirceu e o deputado federal licenciado José Genoino.

"As prisões foram realizadas sem preocupação com a legalidade. Foram arbitrárias. Demonstra o desejo do presidente do Supremo de produzir imagens. Ele tem um objetivo político e realizou à revelia da lei", sustentou Teixeira em intervalo da reunião do diretório nacional do PT.

O secretário petista também que as prisões "cumpriram um roteiro midiático proposto pelo presidente do Supremo". Para ele, o STF "deixou de ser uma corte contramajoritária e passou a dialogar com certos setores que queriam o linchamento" dos condenados.

No dia seguinte às prisões, nesse sábado, 16, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), também fez críticas ao STF e afirmou em artigo que a mesma Corte que "condena sem provas militantes do PT" no caso do mensalão tem tomado decisões que dão abrigo a torturadores da ditadura.

Nesta segunda, o presidente eleito do PT-SP, Emidio de Souza, classificou como um "escárnio" a forma como vem sendo efetuada a prisão de Genoino.

"Há um clima de indignação com a forma como as prisões estão sendo cumpridas. Quem está condenado ao reine semiaberto está no fechado. A situação específica do Genoino é um escândalo, um escárnio" disse ele, que participa de reunião do Diretório Nacional do PT. "O Joaquim Barbosa age como a Justiça não deve agir, age com vingança. Para que colocar no avião e levar para Brasília, no meio do feriado, quem está no semiaberto e tem que cumprir em São Paulo? Para fazer por desejo dele a prisão no 15 de novembro".

Nesta segunda, um juiz federal deve definir o destino dos presos e o Supremo pode determinar a prisão de outros sete condenados.
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