A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de marcar o início do julgamento do Mensalão para 1.º de agosto não surpreendeu os defensores dos acusados, mas alguns demonstraram preocupação. "O ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) sempre pediu para ser julgado, jamais tomou qualquer atitude para protelar (o julgamento)", declarou o criminalista José Luís Oliveira Lima. "Ele (Dirceu) confia na Justiça e aguarda o julgamento com serenidade, com a garantia da ampla defesa e o respeito ao devido processo legal."
Márcio Thomaz Bastos, que defende José Roberto Salgado, ex-vice presidente do Banco Rural, declarou que espera que o tem esperança que se "faça Justiça" no julgamento. Já o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Ayana Tenório, ex-vice presidente do Rural, afirmou considerar importante o fato de o julgamento não ter sido marcado de forma abrupta. "Temos prazo de dois meses para nos preparamos e isso atende a uma reivindicação dos advogados."
Embora elogie o tempo para preparação, ele critica a dinâmica definida pelo tribunal. "Eu acho contraproducente a realização de cinco defesas por dia. Cinco advogados irão falar durante 5 dias por semana. Vejo isso como uma restrição ao direito de defesa na medida em que o último advogado a falar pegará o tribunal cansado. Isso poderá prejudicar a defesa de seu cliente", pontuou. Oliveira afirmou ainda que "se o julgamento preencher 5 dias por semana, em duas semanas o STF vai parar".
O advogado Marcelo Leonardo, que defende o empresário Marcos Valério, é categórico. "A nós cabe aguardar o momento do julgamento. Se foi marcado para essa data vamos participar, para mim não faz diferença nenhuma." Para ele, o tom em que será levado o julgamento definirá a sentença. "Se o julgamento for realizado com base na prova constante do processo, produzida em juízo, não haverá condenação. Se o julgamento for político há sério risco de condenação."
O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), disse que recebe "com um pouco de cautela essa decisão", porque dela não tomou parte o ministro Ricardo Lewandowski (revisor), que ainda não devolveu os autos do processo. "Também não ficou claro para mim quantas sessões vão fazer por semana. De qualquer modo, vamos aguardar a evolução dos fatos. Estamos preparados para o julgamento. Disseram que os advogados estavam procrastinando, mas em momento algum isso ocorreu. Acredito na absolvição do deputado João Paulo Cunha, as acusações são atípicas. Independentemente do problema da existência de prova, há acusações manifestamente descabidas."
O advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, que defende Rogério Tolentino - ex-advogado das empresas de publicidade de Marcos Valério - criticou a ordem para que a defesa e a acusação façam sustentações orais durante o julgamento. Para ele, o formato vai beneficiar a acusação, a cargo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Ninguém vai se lembrar das sustentações dos advogados", reprova Abreu e Silva. Para ele, o ideal seria que se fizesse a sustentação do procurador-geral, depois do acusado e, em seguida, o julgamento de cada um.
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Márcio Thomaz Bastos, que defende José Roberto Salgado, ex-vice presidente do Banco Rural, declarou que espera que o tem esperança que se "faça Justiça" no julgamento. Já o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Ayana Tenório, ex-vice presidente do Rural, afirmou considerar importante o fato de o julgamento não ter sido marcado de forma abrupta. "Temos prazo de dois meses para nos preparamos e isso atende a uma reivindicação dos advogados."
Embora elogie o tempo para preparação, ele critica a dinâmica definida pelo tribunal. "Eu acho contraproducente a realização de cinco defesas por dia. Cinco advogados irão falar durante 5 dias por semana. Vejo isso como uma restrição ao direito de defesa na medida em que o último advogado a falar pegará o tribunal cansado. Isso poderá prejudicar a defesa de seu cliente", pontuou. Oliveira afirmou ainda que "se o julgamento preencher 5 dias por semana, em duas semanas o STF vai parar".
O advogado Marcelo Leonardo, que defende o empresário Marcos Valério, é categórico. "A nós cabe aguardar o momento do julgamento. Se foi marcado para essa data vamos participar, para mim não faz diferença nenhuma." Para ele, o tom em que será levado o julgamento definirá a sentença. "Se o julgamento for realizado com base na prova constante do processo, produzida em juízo, não haverá condenação. Se o julgamento for político há sério risco de condenação."
O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), disse que recebe "com um pouco de cautela essa decisão", porque dela não tomou parte o ministro Ricardo Lewandowski (revisor), que ainda não devolveu os autos do processo. "Também não ficou claro para mim quantas sessões vão fazer por semana. De qualquer modo, vamos aguardar a evolução dos fatos. Estamos preparados para o julgamento. Disseram que os advogados estavam procrastinando, mas em momento algum isso ocorreu. Acredito na absolvição do deputado João Paulo Cunha, as acusações são atípicas. Independentemente do problema da existência de prova, há acusações manifestamente descabidas."
O advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, que defende Rogério Tolentino - ex-advogado das empresas de publicidade de Marcos Valério - criticou a ordem para que a defesa e a acusação façam sustentações orais durante o julgamento. Para ele, o formato vai beneficiar a acusação, a cargo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. "Ninguém vai se lembrar das sustentações dos advogados", reprova Abreu e Silva. Para ele, o ideal seria que se fizesse a sustentação do procurador-geral, depois do acusado e, em seguida, o julgamento de cada um.
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