Deputado Antônio Uchôa nega que tenha atropelado professora durante manifestação em Teresina

Durante a manifestação dos professores estaduais no centro de Teresina, uma professora identificada por Germani Maria Torres, de 45 anos, denunciou que foi atropelada pelo carro do deputado estadual Antônio Uchôa.

Segundo informações de outros professores, Germani ficou com o braço ferido e um corte na perna. A professora foi atendida pelo Samu e fará boletim de ocorrência contra Uchôa. Os grevistas se revoltaram com a atitude do motorista e começaram a queimar pneus na rua. O movimento de greve dos professores, que já dura 63 dias, foi marcado na manhã de hoje pelo bloqueio das principais ruas do centro onde teria ocorrido o atropelamento da educadora.

O deputado Antônio Uchôa contou ao portal GP1 sua versão dos fatos. Segundo ele, quando vinha da Rua 24 de janeiro em direção a Frei Serafim, o balão que dá acesso a Frei Serafim estava interditado pelos manifestantes.

Ele afirma ter ouvido gritos de pessoas dizendo o nome dele, além de chutes e pedradas. Diante da revolta dos manifestantes, ele disse que sentiu medo de morrer e tentou abrir espaço para o carro passar, no entanto, tem a certeza que não atropelou ninguém. Ele afirma que se for provado que alguém ficou ferido, ele está disposto a pagar as despesas com remédios.

“Não houve atropelamento. Tenho certeza que não atropelei ninguém. Tive medo de morrer e tentei abrir espaço para passar com o carro. Pedras foram jogadas no meu carro. Uma delas, se tivesse atravessado o vidro, teria acertado a minha cabeça”, comentou

Por voltas das 14h30min, o deputado foi a polícia para prestar queixa de agressão e pedir para que seja feita perícia no carro. O deputado disse ainda que sabe que as agressões não vêm por parte dos professores, pois no movimento existem muitos infiltrados que estão lá para criar situações constrangedoras.