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Política

Deputada Iracema Portella participa da CPI da Exploração Sexual

Foi discutido na audiência sobre pedofilia e a pornografia infantil na Internet

Atendendo a um requerimento de autoria da deputada federal Iracema Portella (PP-PI) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes convidou para ouvir os representantes de provedores da Internet sobre as práticas de pedofilia e pornografia infantil na rede mundial de computadores.

Marcel Leonard afirmou que, em relação aos filtros para pesquisa no Google, não é possível simplesmente banir termos porque isso impediria que a população fizesse pesquisa sobre temas polêmicos, como a pornografia infantil, por exemplo.

Quanto aos anúncios ilícitos, Leonardi disse que o Google retira o anunciante para sempre de suas contas no Brasil. Uma solução que ele aponta seria acrescentar ao Código de Defesa do Consumidor a previsão de que os pagamentos feitos a partir do Brasil sejam bloqueados para sites de conteúdo ilícito, estejam eles hospedados onde estiverem. “Sem dinheiro, os sites vão fechar", ressaltou.

Imagem: ReproduçãoDeputada Iracema Portella(Imagem:Reprodução)Deputada Iracema Portella

Um banco de dados com imagens ilegais (pornografia, entre outras) também pode ser criado para que essas fotos e vídeos não possam ser postadas na internet em um outro momento, disse o diretor do Google.

Na avaliação da presidente da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), "é preciso haver colaboração entre os poderes e a sociedade para que a exploração sexual por meio da internet possa diminuir no Brasil." Para ela, é lamentável que a exploração de crianças esteja sendo realizada pela web. O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) lembrou que "a pedofilia é a doença: o crime é a exploração sexual das crianças e dos adolescentes."

A deputada Iracema Portella sabe que a tecnologia veio para ficar e que a rede mundial de computadores foi um dos maiores avanços da atualidade, ajudando a estreitar laços e a democratizar a comunicação. Mas, a parlamentar piauiense sabe também que, por meio da Internet, atuam diversas redes de exploração sexual de crianças e adolescentes.

“Muito se avançou no sentido de inibir essas práticas. E as próprias empresas, como o Google e o Facebook, hoje têm a consciência de que é preciso avançar ainda mais no combate aos crimes cibernéticos, criando ferramentas de autocontrole, o que é fundamental”, finalizou.

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