A Polícia Federal (PF) prendeu Bernardo Romão Correa Neto, coronel do Exército, na madrugada deste domingo (11), após seu desembarque no Aeroporto de Brasília. O oficial estava nos Estados Unidos e é suspeito de participação em uma suposta organização criminosa que tentou aplicar um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
Após a chegada em solo brasileiro, os agentes da Polícia Federal enviaram o coronel para audiência de custódia, onde ficou decidida a manutenção de sua prisão. Após isso, ele foi levado para o Batalhão da Guarda Presidencial, onde ficará sob a custódia do Exército.
Romão Correa estava nos Estados Unidos, para onde foi designado em missão no fim do ano de 2022. Para a PF, a permanência dele em solo estrangeiro e a própria designação apenas no final do mandato de Jair Bolsonaro "demonstram fortes indícios de que o investigado agiu para se furtar ao alcance de investigações e consequentemente da aplicação da lei penal, fatos estes que justificam a decretação da prisão preventiva”.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, Romão atuava no Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas, organização acusada de promover reuniões de planejamento e execução de medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis do Exército. Os atos incluíam a mobilização, a logística e o financiamento de militares das forças especiais em Brasília.
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