A Polícia Civil do Piauí, através da Gerência de Polícia do Interior, vai encaminhar nesta segunda-feira (24) reforço policial ao município de Baixa Grande do Ribeiro, que foi palco de uma chacina registrada na manhã desse domingo (23), quando quatro pessoas, sendo três da mesma família, foram executadas sumariamente dentro de casa.
Em entrevista ao GP1, o delegado Célio Benício, que vai integrar a equipe de investigação no município, informou que os dois acusados de crime agiram encapuzados com o intuito de dificultar, sobretudo, as diligências das forças policiais.
“Nós enviamos reforço para o município e, inclusive, eu estarei indo para lá hoje. Temos várias situações sendo levantadas, todas elas estão sendo apuradas, inclusive, a quantidade de equipes no apoio se dá por isso, mas essa informação sobre quem são e de onde nós ainda não podemos dar. Nós já temos uma linha de investigação, muito contundente, e eu acredito que logo a gente vai poder dar uma resposta”, frisou o delegado.
Crime pode ter relação com rixa antiga
Ainda na noite desse domingo (23), o GP1 obteve a informação de que a Polícia Civil do Piauí já possuía as identificações dos dois acusados de promover a chacina em Baixa Grande do Ribeiro.
Ao GP1, o comandante da Polícia Militar de Uruçuí, tenente-coronel Hortêncio, revelou que as diligências conjuntas entre a PM e a Polícia Civil permitiram apontar que o patriarca da família e proprietário da fazenda de soja, Luiz Pedro Dalcin, de 61 anos, possuía uma rixa antiga com um dos acusados, que é traficante.
“A gente já identificou quem participou da chacina, são dois traficantes, mas não podemos revelar os nomes agora. Nós decidimos manter em sigilo ainda para não atrapalhar as investigações. Já sabemos quem são pelo carro que eles [bandidos] usaram, que foi reconhecido e identificado também. A informação que temos é que eles [os acusados e o fazendeiro Luiz Pedro Dalcin] têm uma rixa de muito tempo, uma “brigazinha”, mas ninguém imaginava que chegaria ao ponto de um matar o outro. A motivação não seria briga por terras. Cabe à Polícia Civil investigar o real motivo, mas não tem nada a ver com terras”, explicou o comandante da PM de Uruçuí.
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