A Polícia Civil do Piauí, por meio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), esclareceu nesta quinta-feira (15) um elemento importante da investigação sobre a associação criminosa desarticulada durante a Operação Lampter, que é acusada de roubos e furtos em Teresina. O inquérito apontou que os acusados escolhiam as vítimas por meio de monitoramento das redes sociais.
Em entrevista ao GP1, o coordenador do Greco, delegado Tales Gomes, expôs a logística adotada pela organização criminosa. “Tem essa questão de fazer o levantamento do alvo pelas redes sociais. Muita gente posta um stories que está em tal lugar e os bandidos vendo que a pessoa tem um poder aquisitivo alto, que tem um carro bom, que ostenta celulares, notebooks então eles faziam o monitoramento para fazer o arrombamento do veículo e roubo”, informou o delegado Tales.
As prisões
O coordenador do GRECO informou que as ações nesta quinta-feira, que culminaram nas prisões de 10 pessoas, ocorreram em Teresina e também no município de Lagoa do Piauí.
As investigações desta fase da Operação Lampter foram oriundas de prisões executadas ainda em março e setembro deste ano em Teresina e Altos, que permitiram identificar um grupo de pessoas que usava fardas da Polícia Civil para cometer crimes. Dois irmãos identificados como Lucas e Luan, que estavam presos em Altos, foram o elo para apontar os demais investigados.
"Trata-se de um grupo de pessoas que pratica, principalmente, arrombamentos de veículos na zona leste [de Teresina], passam a noite toda procurando veículos nas casas de shows e restaurantes, a fim de fazer arrombamento e também crimes contra empresários", detalhou o delegado.
Os investigados nesta fase da Operação Lampter responderão pelos crimes de arrombamento veicular, roubos a empresários e posse de eletrônicos furtados. Os presos serão interrogados ainda hoje e logo em seguida transferidos ao sistema prisional.
A ação policial desencadeada nesta quinta-feira foi coordenada pelo GRECO com apoio operacional da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e Gerência de Polícia do Interior (GPI).
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