As investigações da Polícia Civil, conduzidas pelo delegado Danúbio Dias, sobre o crime bárbaro que tirou a vida da advogada Izadora Mourão, revelaram a frieza do jornalista João Paulo Mourão após assassinar a própria irmã com sete facadas. O crime que chocou todo o estado foi cometido no último sábado (13) na cidade de Pedro II.
Segundo revelação do delegado e coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Francisco Costa, o “Barêtta”, João Paulo cometeu o crime dentro de seu quarto e depois foi dormir no quarto da mãe, a idosa Maria Nerci.
“O que está devidamente comprovado no bojo do inquérito policial é de que após praticar o crime, ele foi dormir lá no quarto da mãe dele. A vítima foi morta no quarto dele [João Paulo]. A mãe ao saber que a filha tinha sido morta não tomou providências em chamar a polícia e tão pouco avisar o serviço médico de saúde para prestar algum socorro se fosse o caso. Ela ligou foi para faxineira, para que ela dissesse que quando chegou lá o filho estava dormindo”, afirmou Barêtta.
Ainda conforme o delegado Barêtta, após praticar o homicídio, o suspeito, na companhia da mãe e da faxineira, lavaram o quarto no intuito de não deixar qualquer vestígio de sangue que comprovasse a materialidade do crime.
“Eles inclusive lavaram bem o quarto, mas ontem os peritos do Instituto de Criminalística e do Instituto de DNA ainda conseguiram localizar vestígio de sangue dentro do quarto, apesar de lavado”, explicou o delegado Barêtta.
O coordenador do DHPP informou ainda que o delegado Danúbio solicitou a realização de novos exames periciais, tais como exame cadavérico e de corpo de delito.
Usou duas facas para matar advogada
O delegado Barêtta revelou que o jornalista utilizou duas facas para ceifar a vida de Izadora Mourão. “A autoria material está provada que é o João Paulo, inclusive, com apreensão de duas facas utilizadas por ele”.
Motivação
Em relação ao motivo que teria levado ao assassinato da advogada, Barêtta explicou que os dois tinham “desavenças”, mas não deu maiores detalhes sobre o assunto.
“Numa investigação criminal de homicídio, nós temos que responder a 7 indagações e a última é o motivo, mas nós levantamos que ela e o assassino tinham desavenças internas há muito tempo. Mas, nós estamos investigamos, por que nós investigamos para prender e não prendemos para investigar”, ressaltou o delegado.
A prisão de João Paulo
O irmão de Izadora, João Paulo Mourão, foi preso em flagrante, na tarde dessa segunda-feira (15), acusado de assassinar a advogada a facadas. Ele foi preso na casa onde a advogada foi morta, na cidade de Pedro II. Até o momento, o suspeito se mantém calado e nega a autoria do crime.
Mãe criou álibi falso
Maria Nerci, mãe de Izadora e João Paulo, poderá ser indiciada por participação no crime, pois de acordo com a Polícia Civil, a idosa pode ter criado um falso álibi para acobertar o filho.
“A mãe dele, quando viu a moça morta, a primeira coisa que fez, em vez de ligar para a polícia, ligou para uma faxineira para ela [a faxineira] dizer que ele [João Paulo] estava dormindo, para criar um álibi”, disse Barêtta.
O dia do crime
Na manhã de sábado, dia 13 de fevereiro, a advogada criminalística Izadora Mourão de 41 anos foi brutalmente assassinada dentro de sua casa, na cidade de Pedro II, com sete facadas.
O irmão da vítima, João Paulo, juntamente com a mãe, Maria Nerci, informaram que Izadora havia sido morta por uma mulher desconhecida, que seria vendedora de roupas. A história fictícia logo chamou atenção da polícia, que percebeu falhas na versão dos dois.
Na segunda-feira (15), o DHPP assumiu as investigações do caso e ainda na noite de ontem realizou a prisão do principal suspeito do crime, o jornalista e secretário de Comunicação de Pedro II, João Paulo Mourão.
Ver todos os comentários | 0 |