A Justiça do Piauí colocou no banco dos réus 16 homens acusados de integrar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), atuando em núcleos em 10 municípios piauienses. A denúncia foi recebida no dia 10 de fevereiro pelo juiz João Manoel de Moura Ayres, da Vara de Delitos de Organização Criminosa.
Se tornaram réus, pela infração penal de integrar organização criminosa, os seguintes denunciados: Abiel Witson de Moraes Costa, vulgo “Das Prata” ou “Lorim”; Alexandre Vasconcelos da Silva, vulgo “Coroa Diabão” ou “Coroa Ceará”; Bruno da Silva Soares, vulgo “Lapinha” ou “Messi 10”; Everaldo Ferreira, vulgo “Caçador”; Guilherme Teixeira de Araújo, vulgo “Perigo”; João Miguel Araújo da Silva, vulgo “Lex Magnata”; José Maria de Oliveira Eleutério Neto, vulgo “Zn” ou “Neto Zk”; José Wilson da Conceição de Sousa, vulgo “Yudi”; José Victor da Cruz, Vulgo “Victor” ou “Ceifador de Almas”; Laudinatel Barbosa dos Santos, vulgo “Adrenalina”; Leonardo Ferreira de Araujo, vulgo “Madrugadão”; Nykson Rodrigues de Sousa, vulgo “Mohamed”; Paulo Welinton Santos, vulgo “Gugu”; Rafael Ferreira Coelho da Silva, vulgo “Kauan”; Rômulo Rith Vieira Barroso, vulgo “Revoltado”; Vinícius da Silva Ferreira, vulgo “Kadu” ou “Town Country”.
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Segundo a denúncia do Ministério Público, os réus integram um grupo de “disciplinas” do PCC, responsável por monitorar e manter a “ordem” nos bairros de atuação, o que inclui punição aos próprios integrantes da organização criminosa.
Grupo de WhatsApp
Entre as provas apresentadas, estão dados extraídos do celular do réu José Eleutério Neto, apreendido em junho de 2023 durante operação do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO).
Foi realizada extração de dados do aparelho, que revelou a existência de grupo no WhatsApp denominado “Disciplina da Oeste”, destinado aos integrantes do PCC que exerciam a função de disciplina, para coordenação das atividades ilícitas.
Municípios de atuação
De acordo com o Ministério Público, os réus atuam em núcleos espalhados por dez cidades: Teresina, Picos, Floriano, Piripiri, Campo Maior, Altos, São Raimundo Nonato, Água Branca, Canto do Buriti e Colônia do Gurguéia. Alguns deles já se encontram presos.
Ao receber a denúncia, o juiz João Manoel de Moura Ayres concluiu que a materialidade do crime e os indícios de autoria estavam demonstrados.
“A materialidade delitiva e os indícios de autoria estão preliminarmente demonstrados por meio da extração de dados de aparelhos telefônicos, depoimentos, listas de membros e diálogos mantidos em grupos de aplicativos, conforme relatórios juntados aos autos do Inquérito Policial. A denúncia apresenta a qualificação dos denunciados e descreve claramente as condutas criminosas, incluindo as circunstâncias necessárias para compreender a extensão do delito e permitir o exercício do direito de defesa. Diante disso, recebo a denúncia em todos os seus termos, admitindo, em princípio, a imputação formulada pelo Ministério Público”, concluiu o magistrado.
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