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Piauí

Confira na íntegra o depoimento do assassino confesso do policial Marcelo Soares

Bruno Manoel Santos Arcanjo foi preso em flagrante após atirar e matar o policial civil.

O GP1 obteve acesso, com exclusividade, a íntegra do depoimento de Bruno Manoel Santos Arcanjo, preso em flagrante pelo assassinato do policial civil Marcelo Soares da Costa durante uma operação na cidade de Santa Luzia do Paruá (MA), nessa terça-feira (3).

Bruno Arcanjo foi interrogado pelo delegado Saulo Ribeiro Rezende na Delegacia Regional de Zé Doca (MA).


Acompanhado de um advogado, ele deu sua versão dos fatos e admitiu ter atirado contra o policial, mas alegou que o fez por pensar que a casa estava sendo invadida por criminosos.

Foto: ReproduçãoBruno Manoel Gomes Arcanjo
Bruno Manoel Gomes Arcanjo

Confira o depoimento na íntegra:

Com relação ao crime, Bruno Arcanjo “confessa que disparou contra os policiais, mas afirma que desconhecia que eram policiais que estavam no interior de sua residência; que acordo com sua esposa informando que havia gente entrando na casa; que o interrogado acordou com o alerta de sua companheira e pegou sua arma calibre 9mm; que a arma estava no guarda-roupa; que empunhou a arma, abriu a porta do quarto e atirou em direção ao vidro da cozinha; que acredita que deu apenas dois disparos, mas não sabe precisar ao certo se atirou mais vezes; que não sabe se atirou em outras direções; que em nenhum momento se se certificou se realmente havia alguém na direção dos disparos; que abriu a porta do quarto e já foi atirando; que não se certificou se eram policiais ou outros invasores em sua residência; que apenas abriu a porta do quarto e atirou em direções diversas”.

Ainda em depoimento, o acusado disse que após realizar os disparos “retornou ao interior do quarto; que a todo momento ficou no quarto escondido; que, após algum tempo, ouviu o policial Egídio verbalizando e informando que eram policiais que estavam na casa; que o policial solicitou que o interrogado largasse a arma e se entregasse; que, nesse momento, o interrogado retirou o carregador da arma e se entregou; que a esposa do interrogado é quem saiu primeiro do quarto; que o interrogado se deitou no chão e se rendeu; que, então, os policiais algemaram o interrogado e o conduziram”.

Acusação de estelionato

Bruno Arcanjo admitiu à autoridade policial já ter sido preso por estelionato na cidade de Maceió, estado do Alagoas. Ele disse desconhecer a razão do novo mandado de prisão temporária expedido em seu desfavor no âmbito da Operação Turismo Criminoso, mandado esse que a Polícia Civil do Piauí foi cumprir na sua residência.

Versão da polícia

Foto: Reprodução/ WhatsAppMarcelo Soares da Costa, de 42 anos
Policial Marcelo Soares da Costa

O relato de Bruno Arcanjo não coincide com os dos policiais civis que acompanhavam o agente Marcelo Soares na operação. Todos eles, incluindo o delegado Laércio Evangelista, do DRACO, afirmaram que bateram na porta da casa do acusado se identificando como autoridades policiais, e adentraram o imóvel após ninguém atendê-los. Já no interior do imóvel, a equipe continuou verbalizando que se tratavam de policiais, momento em que Bruno saiu de um quarto armado e começou a efetuar os disparos.

Os policiais também confirmaram que o acusado usou a própria esposa e o filho como escudos antes de se entregar.

Pedido de prisão preventiva

A promotora Rita Maria de Cássia Pereira Souza, do Ministério Público do Estado do Maranhão, pediu a prisão preventiva de Bruno Arcanjo, em manifestação emitida nessa terça-feira (3). A representante do órgão ministerial se manifestou nos autos do procedimento policial em que o acusado foi autuado em flagrante pelo homicídio. Ela endossou o pedido do delegado Saulo Ribeiro Rezende, que requereu a conversão da prisão em flagrante em preventiva.

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