O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, assegurou nessa sexta-feira (17) que a tragédia que atinge o Rio Grande do Sul não afetará o Piauí com a falta de arroz e outros produtos cultivados em solo gaúcho, que abastecem o Brasil. Wellington Dias afirmou que já existe um plano abrangente para lidar com a produção e o abastecimento de alimentos no país.
Recentemente, o secretário da Fazenda do Piauí, Emílio Júnior, declarou à imprensa que tem preocupação com o impacto das enchentes do Rio Grande do Sul na economia do mercado piauiense, justamente nos preços do arroz e frutas. Ao ser questionado sobre a preocupação do secretário, Dias argumentou que o plano do Governo Federal inclui medidas para equilibrar os preços dos alimentos e garantir que não haja escassez na mesa dos brasileiros. Atualmente, a produção gaúcha é responsável por 70% do cultivo brasileiro de arroz, além de uma parcela significativa de frutas, cevada, trigo e outros produtos.
“Nós vamos tratar da produção e do abastecimento. Por quê? Porque planejamos o financiamento, o crédito e o subsídio no caso do Rio Grande do Sul, que produz setenta por cento de todo o arroz, além de uma boa parte de frutas, cevada, trigo e vários outros produtos. Já temos um plano, inclusive no caso do arroz, que é mais desafiador. O presidente Lula autorizou a Conab a comprar o estoque brasileiro e oferecer a um preço abaixo da especulação, e também a comprar um milhão de toneladas de arroz de outros países para garantir o abastecimento na mesa dos brasileiros. Além disso, ele autorizou o financiamento prioritário para a safra em todos os estados do Brasil”, detalhou Wellington.
O ministro pontuou ainda que já começaram os esforços para evitar um aumento na cesta básica e destacou que, como resultado dessas medidas, foi observada uma redução nos preços do pacote de arroz. Além disso, Dias ponderou que o objetivo das medidas é alcançar um equilíbrio que não prejudique o produtor, permitindo-lhe obter lucro, mas também não impacte o custo da alimentação, especialmente para os mais pobres.
“Está começando agora todo o apoio, todo o subsídio para a produção de arroz, trigo e vários outros produtos para evitar um aumento na cesta básica. Essa é a coordenação que estamos fazendo. O preço já começou a ceder. Chegou a quarenta e dois reais por um pacote de cinco quilos e caiu para trinta e três. Nesta semana, já teve uma nova queda para vinte e oito. Por quê? Porque queremos um equilíbrio: o produtor precisa ganhar dinheiro, mas sem impactar o custo da alimentação, especialmente para os mais pobres”, finalizou o ministro.
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