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STF invalida lei que prorrogava contratos do transporte intermunicipal no Piauí

Secretário de Transportes do Piauí disse que irá aguardar a publicação do acórdão para se manifestar.

O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional uma lei do Estado do Piauí que prorrogava por dez anos as permissões para empresas operarem o serviço de transporte alternativo intermunicipal de passageiros. A decisão unânime se deu na sessão virtual encerrada na sexta-feira (23).

Os ministros julgaram procedente o pedido formulado pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre Coletivo de Passageiros (Abrati), na Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 7241.


Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilFachada da sede do STF
Fachada da sede do STF

A Abrati questionou as alterações promovidas pela Lei Estadual 7.844/2022, que permitiram a manutenção da validade de permissões que já haviam expirado, o que levou à prorrogação automática, sem licitação, de contratos de permissão dos serviços pelo dobro do tempo anteriormente previsto, de cinco anos.

Voto do relator

Em seu voto, o ministro Dias Toffoli, relator do processo, lembrou que a delegação de serviço público deve ser obrigatoriamente precedida de procedimento licitatório, nas modalidades de contatação por concessão ou permissão, nos termos da Constituição Federal. O magistrado afirmou que o entendimento do STF é de que tal exigência se aplica ao serviço de transporte coletivo intermunicipal.

“Findo o período no qual o permissionário pôde explorar o serviço, inviável sua renovação automática, por lei, sem a prévia licitação”, destacou Dias Toffoli.

O que diz a Setrans

Procurado pelo GP1 na noite desta segunda-feira (26), o secretário de Estado dos Transportes do Piauí, Jonas Moura, afirmou que irá aguardar a publicação do acórdão do STF para se manifestar.

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