O réu Charles de Góis Nunes foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por assassinar a ex-sogra, Júlia Soares Brandão, no dia 2 de outubro de 2020, no Residencial Vamos Ver o Sol, zona sul de Teresina. Ele foi condenado durante sessão do Tribunal Popular do Júri na tarde desta quarta-feira (20).
Na decisão, foi considerado que o réu “agiu por motivo fútil, consistente em suposto rancor que nutria pela vítima, a quem atribuía o fim de seu relacionamento, com a filha”. O júri também considerou que a ex-sogra sequer teve chance de defesa, além de ser morta em razão do gênero, caracterizando um crime de feminicídio. Atualmente, o réu está solto e deve permanecer livre até o trânsito em julgado da decisão.
O crime
Júlia Soares Brandão, de 52 anos, foi assassinada, no dia 2 de outubro de 2020, com um tiro no peito no bairro Vamos Ver o Sol. O suspeito do crime é o ex-genro da vítima identificado como Charles de Góis Nunes.
Segundo o sargento Nascimento, da Companhia Independente de Policiamento do Promorar, o acusado estava deixando o filho do casal quando atirou contra a ex-sogra. A criança presenciou o crime.
“A vítima foi a óbito, a informação é que ele veio deixar a criança dele e ficou na esquina esperando a esposa vir buscar a criança, como ela não foi, a senhora que veio, mas quando chegou ele só fez dar um tiro nela e se evadiu do local”, relatou o sargento.
Denúncias de ameaças
O casal estava separado há cerca de quatro meses devido a agressões praticadas por Charles contra a ex-companheira, filha de Júlia. O sargento Nascimento comentou que os familiares relataram ameaças feitas por ele a toda a família da ex-esposa.
"Ele há muito tempo vem ameaçando a família, foram as informações que pegamos na casa da vítima, ele já estava com quatro meses separado da mulher e não aceitava o fim do relacionamento”, finalizou o sargento.
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