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Piauí

Justiça converte em domiciliar a prisão do último alvo da Operação Mandarim

Os demais acusados foram soltos por determinação do mesmo juízo, dentre eles Paulinho Chinês.

O juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, converteu em domiciliar a prisão preventiva do último preso no âmbito da “Operação Mandarim”, Raimundo Nonato Rodrigues da Conceição, acusado dos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é apontado como um dos responsáveis pelo transporte de entorpecentes oriundos da região Sudeste e Centro-Oeste do país para o estado do Piauí. A operação foi deflagrada pela Polícia Civil em novembro de 2022, através da Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE).

Os demais acusados foram soltos por determinação do mesmo juízo, dentre eles Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa (Paulinho Chinês) e Ítalo Freire Soares de Sá.


A defesa requereu a revogação da prisão preventiva, sendo esta substituída por prisão domiciliar em virtude de terem sido relaxadas as prisões de todos os acusados na Operação Mandarim, dado o excesso de prazo para o início da instrução processual.

Raimundo Nonato, segundo a defesa, precisa cuidar do filho menor, diagnosticado com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade – TDAH , que necessita de cuidados especiais, bem como seu padrasto, que possui doença renal crônica em estágio terminal, hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, necessitando realizar três vezes na semana a hemodiálise em sessões que duram em torno de 4 horas.

Para o magistrado, o réu é o único responsável pelo cuidado do filho e que parece suficientemente demonstrado que a aplicação de medidas cautelares alternativas mais gravosas é necessária para prevenir a reiteração delitiva.

Na decisão proferida ontem (20), o juiz substituiu a prisão preventiva por domiciliar com a aplicação das seguintes medidas cautelares: monitoração eletrônica, que será reavaliada após, no máximo, 90 dias, ficando ciente que deverá ficar recolhido em sua residência, podendo se ausentar somente por motivo de consultas médicas, que deverão ser comprovadas posteriormente ao juízo.

Operação Mandarim

Deflagrada no dia 23 de novembro de 2022, pela Delegacia de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (Depre), a Operação Mandarim cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e nove mandados de prisão preventiva contra acusados de envolvimento com o tráfico de drogas e associação para o tráfico nas cidades de Teresina e Timon.

Na operação foram presos Paulo Henrique da Costa Ramos Lustosa, o “Paulinho Chinês”, Lorena da Silva Lustosa Ramos, Ítalo Freire Soares de Sá, Ramon Santiago Matos Nascimento, Raimundo Nonato Araújo Borges Filho, André Kaue Dias Viana, Govandi Freire de Sá Filho, Maria de Fátima Soares e Vitor Levi.

Todos os presos foram indiciados no dia 21 de dezembro de 2022, e denunciados à Justiça pelo Ministério Público no dia 18 de janeiro deste ano.

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