Davi Fernandes
Após ser aprovada no Senado, a MP da privatização da Eletrobras passou para a Câmara dos Deputados e foi aprovada nessa segunda-feira (21), faltando somente a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Dos dez deputados piauienses, 4 foram favoráveis à privatização, 4 votaram contra e dois se abstiveram.
A votação da MP da Privatização da Eletrobras é uma pauta importante para o Piauí, pois, a Estatal ainda deve uma indenização de R$ 260,4 milhões devido a venda da Cepisa, que ocorreu no governo Mão Santa. Na Câmara, o relator, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) retirou do texto final as emendas de Ciro Nogueira (PP) e Marcelo Castro (MDB), que cobrava a indenização.
Outras 28 emendas do Senado foram analisadas e a Câmara dos Deputados concluiu a votação da Medida Provisória 1031/21, que viabiliza a desestatização da Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no País. A matéria perderia a vigência hoje e será enviada à sanção presidencial. Foram 258 votos favoráveis, 136 votos “não” e 53 pela “obstrução”.
Segundo a Câmara, o modelo de privatização prevê a emissão de novas ações a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle pela União.
“União não pode dar calote”
O governador Wellington Dias comentou, nesta terça-feira (22), sobre votação da Câmara dos Deputados que aprovou o medida provisória que permite a privatização da Eletrobras, sem a inclusão da emenda que determinava o pagamento de indenização de R$ 260 milhões ao estado do Piauí pela privatização da Cepisa.
Para o governador, a indenização é um direito do povo piauiense. Wellington afirmou que União não pode dar calote no povo. “Significa a perda de uma batalha, mas não da guerra. É um direito do povo do Piauí, isso era o maior patrimônio do povo, venderam e tem que pagar, a União não pode dar calote no estado do Piauí”, enfatizou Wellington Dias.
Veja como cada deputado votou
Átila Lira (PP) – não votou
Fábio Abreu (PL) – Não
Flávio Nogueira (PDT) – Não
Iracema Portella (PP) – Sim
Júlio César (PSD) – Sim
Marcos Aurélio Sampaio (MDB) – Obstrução
Margarete Coelho (PP) – Sim
Marina Santos (Solidariedade) – Sim
Merlong Solano (PT) – Não
Rejane Dias (PT) – Obstrução
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