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Banco de Alimentos da Nova Ceasa ajuda a diminuir fome agravada pela pandemia

O projeto já distribuiu um total de 550 toneladas de alimentos.

No primeiro ano da pandemia, 2020, o Banco de Alimentos da Nova Ceasa distribuiu 250 mil quilos de frutas, verduras, legumes e cereais para famílias carentes do estado. Desde a criação do banco, em 2018, um total de 550 toneladas de alimentos foram arrecadadas entre os comerciantes da maior central de abastecimento do Piauí, interrompendo o ciclo de fome e desnutrição agravado pela pandemia.

A iniciativa torna-se ainda mais necessária com a divulgação de levantamento da Universidade Livre de Berlim, na Alemanha, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UNB), que aponta que a situação de insegurança alimentar atinge mais de 59% dos domicílios no país: cerca de 125,6 milhões de brasileiros comeram menos em 2020. Ainda segundo a pesquisa, a fome chegou a 15% das famílias.


Foto: Divulgação/AscomBanco de Alimentos da Nova Ceasa ajuda diminuir fome agravada pela pandemia
Banco de Alimentos da Nova Ceasa ajuda diminuir fome agravada pela pandemia

Antes da criação do banco de alimentos, em 2018, os produtos que hoje chegam à mesa de famílias carentes de Teresina iam para o lixo. A mudança é parte de um processo de ampliação, modernização de estrutura e conceito de negócios implantado a partir de um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado e a concessionária Brazil Fruit, que administra a Nova Ceasa. Antes de serem distribuídos para 25 entidades que atendem crianças na periferia da capital, os alimentos são selecionados e processados.

“Diariamente, uma equipe do Banco de Alimentos arrecada frutas, verduras e legumes doados pelos feirantes. São produtos que estão com uma aparência ruim, mas estão bons para consumo e com os valores nutricionais preservados. Eles são recolhidos no mercado, selecionados na sede do programa por uma equipe técnica de nutricionistas e repassados para entidades cadastradas no órgão”, explica Ana Celia, nutricionista da Nova Ceasa. Só então, são enviados para creches, abrigos, comunidades terapêuticas e programas educacionais.

Uma das instituições beneficiadas é o Projeto Avançar, voltado para crianças em situação de extrema pobreza e seus familiares. Atendendo 35 famílias atualmente, a iniciativa arrecada e repassa doações de frutas e verduras para mães e mulheres que são chefes de família. Sem convênios com o poder público, o projeto se sustenta no trabalho voluntário da Dona Maria de Jesus, coordenadora da iniciativa, e com doações do Banco de Alimentos. “Já passei muita fome na minha vida e conheço a dificuldade que é sentir essa necessidade. Por isso me empenho nesse trabalho e sou muito grata pela ajuda do banco”, enfatiza Jesus.

Outra iniciativa que recebe doações do banco de alimentos é a Fazenda da Paz, uma comunidade terapêutica que tem como objetivo a prevenção, acolhimento e reinserção de dependentes químicos na sociedade. Edivan tem 40 anos e está em tratamento há mais de 8 meses na instituição. Ele quem fala da importância da doação de alimentos para a entidade. “Sou do Maranhão e temos aqui muitos companheiros do Piauí e de outros estados, que só conseguiram encontrar aqui a oportunidade de se recuperar. Agradeço muito os nossos colaboradores, especialmente a Drª Viviane e o senhor Jorgenei pelo trabalho com o banco de alimentos, que tem salvado vidas. Com a pandemia lá fora, dependemos do banco para manter todas as nossas comunidades e continuar trabalhando”, destaca o interno da Fazenda da Paz. Atualmente, a entidade atende em média 150 dependentes químicos por mês.

Entidades como a Associação Muito Além de um Câncer (Amac), que atende mulheres com câncer advindas do interior do Piauí e de outros estados, e o Movimento Mais Amor, que ajuda famílias carentes, se mantêm exclusivamente com as doações do banco de alimentos. “Visitamos regularmente as organizações para acompanhar o trabalho. Só nessas duas entidades são mais de 700 famílias que garantem sua comida por meio da iniciativa. Eles fornecem cestas básicas, sopas, quentinhas e distribuem refeições diariamente, tudo a partir de alimentos recebidos do banco”, aponta Viviane Moura, superintendente de Parcerias e Concessões do Estado.

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