Jonas Carvalho
A greve na Universidade Estadual do Piauí já alcança vinte e três dias e os docentes da instituição planejam novo ato nesta quarta-feira (10), às 8 horas, em uma passeata que parte da Assembleia Legislativa do Piauí rumo ao Palácio de Karnak.
A manutenção da greve ocorre após uma reunião sem sucesso dos professores com o governador Wellington Dias (PT), ainda no mês de março, na qual o governista propôs o pagamento das bolsas estudantis do mês de janeiro e as progressões de outubro para a classe dos docentes da Universidade.
Segundo o professor Antônio Dias, “os terceirizados estão há quatro meses sem receber salários, estudantes não recebem bolsas desde o ano passado, professores há cinco anos sem reposição salarial, professores classificados em concursos não foram chamados para serem empossados, mais de trezentas disciplinas sem professores, não há material de expediente para trabalhar nas coordenações”.
- Foto: Divulgação/ADCESP
Professores da Uespi em greve
De acordo com o docente, o governador não avançou nas negociações e se negou a assinar um termo de compromisso para o cumprimento das promessas realizadas aos professores. Antônio destacou as propostas de Dias como “utópicas”.
“É importante dizer que não são propostas, são promessas. Pagar as bolsas de janeiro e implantar as progressões de outubro do ano passado são coisas muito utópicas, então isso é nada ao pensar que a categoria tem sequer reposição de perdas salariais em cinco anos. O nosso salário está congelado durante todo esse período”, disse.
Ainda sobre a marcha desta quarta-feira, o professor informou que o movimento caminhará pela Avenida Frei Serafim, passa pelas praças do Fripisa e João Luís e faz parada final no Palácio de Karnak.
“Vamos nos concentrar na ALEPI, às 8 horas da manhã, e sairemos em marcha pelas ruas de Teresina seguindo pela Frei Serafim, passando pela praça do Fripisa, João Luís e seguindo para o Karnak, fazendo uma grande manifestação lá denunciando os descasos do governador Wellington Dias para com a UESPI e reivindicando que o governador mantenha firme e aberto o canal de negociações com a nossa instituição”, finalizou Antônio.
O movimento deflagrado em 18 de março reivindica, além das reposições salariais e pagamento de bolsas estudantis, a autonomia financeira da Uespi e a convocação de vinte e seis professores aprovados em concursos e ainda não foram chamados.
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