Em entrevista ao GP1 nesta quarta-feira, 13 de março, o advogado Wildes Próspero, informou que o vereador Fabiano Feitosa Lira (PRTB), de Brejo do Piauí, vai se apresentar ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Orgamizado (GAECO). Ele é considerado foragido.
O GAECO deflagrou hoje a “Operação Poço Sem Fundo” que visa desarticular uma organização criminosa que era voltada para a prática de crimes contra a administração pública, incluindo fraudes em licitações. As ações policiais estão se concentrando nos municípios de Canto do Buriti, Brejo do Piauí e Teresina. A operação já realizou seis mandados de prisão e nove de buscas e apreensões. Somente o parlamentar não foi localizado.
“Informalmente já agendamos quando vai ocorrer, já enviamos um requerimento para o promotor Rômulo Cordão para a apresentação do vereador e que ele seja interrogado no curso da investigação que tramita no Gaeco e que fosse dado o cumprimento do mandado de prisão, já que existe a ordem judicial e o vereador não se furta ao cumprimento da ordem, vai dar os esclarecimentos e nas investigações tentar afastar as investigações que estão sendo feitas contra ele”, esclareceu o advogado.
O documento enviado ao Gaeco pelo advogado pede para marcar a data e horário da apresentação do acusado para poder ser realizado o depoimento.
- Foto: DivulgaçãoDocumento enviado ao Gaeco
Desvio de R$ 3 milhões
O promotor de Justiça de Canto do Buriti, José William da luz, informou na manhã desta quarta-feira (13) que o GAECO constatou desvios de recursos públicos no valor de R$ 3 milhões no esquema fraudulento chefiado pela ex-prefeita do município de Brejo do Piauí, Márcia Aparecida Pereira da Cruz, presa nesta manhã durante a “Operação Poço sem Fundo”, deflagrada pelo GAECO em conjunto com a Polícia Civil de Canto do Buriti.
Segundo o representante do Ministério Público do Piauí, os valores foram desviados entre os anos de 2013 e 2017 e somente no ano de 2015 a ex-prefeita Márcia Cruz desviou a quantia de R$ 300 mil.
Além de Márcia Aparecida Pereira da Cruz, o ex-secretário de administração do município de Brejo do Piauí, Emídio Pereira da Cruz e o pregoeiro Carlos Alberto Figueiredo também acabaram presos durante 1ª fase da Operação Poço sem Fundo.
Dois empresários identificados como Adcarliton Valente e Valdirene da Silva, proprietários da VSP Construtora, foram presos. Eles são apontados pelo GAECO como responsáveis pelas emissões de nota frias para o desvio de pagamentos. Um terceiro empresário está foragido.
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