O desembargador Joaquim Santana que deixou seu cargo de presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) no último dia 19, quando empossou o desembargador Paes Landim que ficará no biênio 2018/2019, afirmou que uma de suas lamentações durante a sua gestão foi a extinção de 24 zonas eleitorais.
Joaquim Santana disse que se tratou de um retrocesso, mas que foi uma decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de cortar custos. A proposta inicial tinha sido para a extinção de 56 zonas.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Desembargador Joaquim Santana
“A extinção das zonas eleitorais, para muita gente foi um retrocesso. O que eu concordo, mas foi uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral que mandou extinguir 56 zonas, mas nós só extinguimos 24, após ouvir o Ministério Público e Associações. Tem colegas que torcem que isso vai se reverter, mas eu não sei, já que foi uma medida de economia”, disse.
Ele explicou que a distância para deslocamento dos eleitores é o principal problema. “É um fator complicador, porque a população vai ter mais dificuldades. Um exemplo é Palmeirais, onde se for extinto a Zona Eleitoral e a Comarca também, então esse pessoal tem que se deslocar para Amarante, para conseguir, por exemplo, uma autorização para viajar com o filho. Isso é ridículo, mas é uma verdade, mas não sei até quando isso vai prevalecer”, criticou o desembargador.
Paes Landim tem mesmo posicionamento
O novo presidente do TRE, o desembargador Paes Landim, manteve o mesmo posicionamento de Joaquim Santana sobre a extinção das zonas, mas disse que isso não deverá prejudicar as eleições de 2018.
“É complicado para o eleitor que vai ter que se deslocar geralmente a uma distância maior para que se possa votar, isso complicou realmente, mas penso que isso não influenciará na condução do pleito”, disse o desembargador.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Francisco Paes Landim
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