Foi aberto nesta manhã (06) na Academia de Formação Penitenciária do Estado do Piauí (Acadepen), órgão da Secretaria de Justiça, o Curso de Entrevista Perfilativa que está sendo realizado hoje e amanhã (07) aqui em Teresina.
O curso é destinado a agentes penitenciários do Estado que já têm conhecimento na área de inteligência, bem como convidados de outras instituições de segurança pública, como Polícia Civil (Acadepol e Delegacia Geral), PMPI, PRF, Defensoria Pública, Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros e Sistemas Penitenciários do Maranhão e Ceará, que já participaram de cursos básicos de inteligência penitenciaria.
- Foto: Lucas Dias/GP1Acadepen-PI
A realização é do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Escola Nacional de Serviços Penais do Ministério da Justiça (Espen), cuja coordenação está a cargo da Coordenadoria Geral de Inteligência do Sistema Penitenciário Federal; a logística e articulação local ficaram a cargo da Secretaria de Justiça, por meio da Academia de Formação Penitenciária.
O objetivo é formar 46 servidores da área de segurança pública e prisional, no sentido de desenvolver parcerias entre agentes prisionais com outras forças oficiais de segurança na perspectiva de avançar no combate ao crime organizado por meio de modernas técnicas de inteligência e investigação, sobretudo acerca das organizações criminosas que atuam ou pretendem atuar nos estabelecimentos penais.
O evento que é essencialmente científico, é uma inovação na área de inteligência e é ministrado por Agentes Penitenciários Federais, que adquiriram experiência nessa área na Inglaterra, onde participaram de curso intensivo sobre o assunto. É o primeiro curso no
Sistema Penitenciário brasileiro nessa modalidade, pois somente o Ministério Público de Santa Catariana sediou curso idêntico, conforme informação de Sandro Abel, coordenador de Inteligência do Sistema Penitenciário Federal (SPF).
- Foto: Lucas Dias/GP1Auditório da Acadepen
O diretor da Acadepen, Jacinto Teles Coutinho, acredita que “os profissionais de segurança, após a conclusão desse evento inédito, estarão capacitados para o enfrentamento às adversidades que surgem naturalmente e excepcionalmente nos ambientes carcerários, inclusive, para impedi-las, pois os criminosos vêm sempre apresentando novas modalidades de expansão de suas atividades intra e extramuros”.
O dirigente da Acadepen acrescenta ainda, “que os agentes penitenciários, após a realização do curso, vislumbram receber do Estado mecanismos competentes de poder desenvolver as aptidões ora adquiridas no combate ao crime nos diversos ambientes carcerários”, enfatizou, Jacinto Teles.
Para a professora Ana Paulo Botelho, “as técnicas e ferramentas de entrevistas vão possibilitar ao agente que interage face a face com o outro indivíduo, a busca do dado negado de forma precisa e completa para a informação pleiteada”, declarou Ana Paula que agente federal de Execução Penal do Depen, órgão do Ministério da Justiça.
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