A entrega da mais nova subestação de energia na zona sul de Teresina trouxe a promessa de benefícios à comunidade do bairro Santo Antônio, no entanto, mesmo com a grande obra, ficou para trás o sonho dos moradores de terem uma vida digna, com direito à moradia de qualidade, saúde e acessibilidade. Essas são algumas das reivindicações elencadas pela população que recebeu o GP1 e contou o sofrimento de quem vive ali.
Outra situação que chama a atenção é a Rua Piratininga. A moradora Maria Samara reclama que o calçamento também não chegou até o final da rua. “Veja só como é a situação da minha casa: Lama, mato e quando chove não posso sair de casa. O carro do lixo também na passa. Cadê o prefeito? Até a lâmpada eu tive que colocar no poste de iluminação para eu não ficar abandonada por completo no final da rua”, indagou a moradora.
Outro lado
O superintendente executivo da SDU Sul, Paulo Roberto, recebeu a nossa equipe e justificou a ausência de pavimentação nas ruas e afirmou que as famílias que perderam as casas serão assistidas pela Semduh, com prioridade na contemplação de novas moradias.
“Há poucos dias a gente visitou essas ruas com o prefeito Firmino Filho, juntamente com o secretário Clerton Baratta, e a população pediu a terraplenagem para melhorar o acesso nessas ruas que não têm calçamento. E nessa região o vereador Edson Melo já destinou uma emenda parlamentar para serem feitas cinco ruas, mas somente no próximo ano. Nesse semestre vai ser feita a licitação para a escolha da empresa que vai executar as obras”, explicou o superintendente executivo Paulo Roberto.
Imagem: Lucas Dias/GP1Muro da nova subestação
Imagem: Lucas Dias/GP1Contenção foi realizada pela prefeitura, mas deixou rua morta.
E entre tantos personagens, o autônomo Décio Ferreira do Carmo apresentou o que restou da tentativa de construir a nova residência, depois que a antiga casa de taipa foi invadida pela enxurrada de entulho, que desceu após uma intervenção da prefeitura na Rua Inácio Costa Filho. Imagem: Lucas Dias/GP1Casa foi consumida pelo aterro
“Depois da construção da subestação foi feito o piso declinado, voltado para as nossas casas. A prefeitura fez uma barreira para conter o terreno durante as obras da subestação, mas com as chuvas as casas que ficam logo abaixo foram cobertas pela terra. Da casa da vizinha sobrou o teto e durante uma chuva eu tive que abandonar minha casa na madrugada com minha esposa e meu filho. A minha casa alagou com muito entulho, aterro e agora a gente tá pagando aluguel de duzentos reais. Eu vivo de “bico”, minha esposa não trabalha e meu filho está operado”, relatou.Imagem: Lucas Dias/GP1Décio mostra o que restou da antiga casa
A falta de pavimentação é outra reclamação comum entre os moradores. A dona de casa, Maria de Fátima, tem uma filha cadeirante, a Emily Vitória, de apenas 6 anos, que tem dificuldades para se locomover na rua Luziânia, que recebeu pavimentação, mas não chegou até a residência.Imagem: Lucas Dias/GP1Maria de Fátima
“Eu tirei fotos da rua, levei as testemunhas e fui até a Defensoria Pública em 2012, mas até hoje eu aguardo e nada. O meu dia-a-dia é levar minha filha para escola pela manhã, à tarde eu volto e para descer aqui é horrível. Quando um assessor do Orçamento Popular veio para falar sobre o calçamento, ele disse que não era para eu fazer a rampa, pois a prefeitura ia fazer a rampa da minha casa. Quando eu vou descer é esse sufoco”, reclamou. Imagem: Lucas Dias/GP1Rua Luziânia
Imagem: Lucas Dias/GP1Maria de Fátima enfrenta dificuldades ao sair de casa com a filha
O morador Tomé Alves da Silva afirmou ainda que na mesma rua há previsão da construção de um posto médico. “A gente tem a expectativa que, após a pavimentação que foi prometida pelo antigo superintendente Edson Melo seja construído um posto médico na Rua Luziânia, que tem até o terreno destinado para a obra”, explicou Tomé Alves.Outra situação que chama a atenção é a Rua Piratininga. A moradora Maria Samara reclama que o calçamento também não chegou até o final da rua. “Veja só como é a situação da minha casa: Lama, mato e quando chove não posso sair de casa. O carro do lixo também na passa. Cadê o prefeito? Até a lâmpada eu tive que colocar no poste de iluminação para eu não ficar abandonada por completo no final da rua”, indagou a moradora.
Imagem: Lucas Dias/GP1Maria Samara
Imagem: Lucas Dias/GP1Rua Piratininga
Imagem: Lucas Dias/GP1Lâmpada do poste foi improvisada para garantir iluminação
Outro lado
O superintendente executivo da SDU Sul, Paulo Roberto, recebeu a nossa equipe e justificou a ausência de pavimentação nas ruas e afirmou que as famílias que perderam as casas serão assistidas pela Semduh, com prioridade na contemplação de novas moradias.
“Há poucos dias a gente visitou essas ruas com o prefeito Firmino Filho, juntamente com o secretário Clerton Baratta, e a população pediu a terraplenagem para melhorar o acesso nessas ruas que não têm calçamento. E nessa região o vereador Edson Melo já destinou uma emenda parlamentar para serem feitas cinco ruas, mas somente no próximo ano. Nesse semestre vai ser feita a licitação para a escolha da empresa que vai executar as obras”, explicou o superintendente executivo Paulo Roberto.
Imagem: Lucas Dias/GP1Seu Rubens tem dificuldade ao passar por rua cortada
Ainda de acordo com o superintendente, a própria SDU Sul repassou a demanda daqueles moradores que estão com problemas de moradia, a fim de que eles tivessem prioridade e fossem contemplados com novas casas em áreas fora de risco. “Eu já pedi que a Semduh catalogasse essas famílias que estão em área de risco, pois elas moram próximas a um maciço, que é um solo mole, arenoso que não suporta água. Então é muito mais barato retirar a família que fazer a obra de contenção. Esse contato com a Semduh foi feito no início do ano e a gente vai, novamente, oficializar a Semduh para que ela possa nos dá uma resposta sobre essas famílias”, finalizou Paulo Roberto.Imagem: Lucas Dias/GP1Paulo Roberto
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