Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), nesta segunda-feira (29), o promotor de justiça Fernando Santos alertou para a inviabilidade jurídica da transformação da Agespisa, uma sociedade de economia mista, em Instituto de Águas e Esgoto do Piauí, uma autarquia. O representante do Ministério Público do Piauí (MP-PI) afirma que, juridicamente, o Instituto é “natimorto”.
De acordo com o promotor Fernando Santos, a Lei que criou o Instituto de Águas não prevê a criação de cargos efetivos, mas apenas cargos comissionados. “A Constituição estabelece que a regra são servidores efetivos e a exceção são os cargos comissionados, destinados a cargos de chefia e direção. No Instituto, não há indicação de um único cargo efetivo. Isto, do ponto de vista constitucional, é inviável. Então, tecnicamente falando, ele é natimorto”, explica.
Segundo o Ministério Público, com a transformação, a Emgerpi, legalmente, teria que assumir todos os contratos relacionados aos servidores da Agespisa. “Desde 2007, há autorização para o Poder Executivo incorporar a Agespisa à Emgerpi. A incorporação de uma sociedade de economia mista por outra implica que a nova terá que assumir todos os direitos e todas as obrigações anteriores. A Emgerpi tem condições de fazer a incorporação dos servidores, do ponto de vista jurídico e econômico?”, indaga o promotor de justiça.
A audiência pública foi proposta pelo deputado estadual Marden Menezes (PSDB). Estiveram presentes ainda os deputados Robert Rios (PDT), João de Deus (PT) e Evaldo Gomes (PTC); o presidente da Agespisa, Raimundo Trigo; os presidentes do Sindicato dos Engenheiros do Piauí, Antonio Florentino, e Sindicato dos Urbanitários, Francisco Ferreira de Sousa; o presidente do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, Herbert Buenos Aires; e diversos servidores da Agespisa.
Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1
De acordo com o promotor Fernando Santos, a Lei que criou o Instituto de Águas não prevê a criação de cargos efetivos, mas apenas cargos comissionados. “A Constituição estabelece que a regra são servidores efetivos e a exceção são os cargos comissionados, destinados a cargos de chefia e direção. No Instituto, não há indicação de um único cargo efetivo. Isto, do ponto de vista constitucional, é inviável. Então, tecnicamente falando, ele é natimorto”, explica.
Imagem: DivulgaçãoPromotor Fernando Santos aponta inviabilidade jurídica na criação do Instituto de Águas
Outro ponto analisado pelo MP está relacionado a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2007, que torna inviável a incorporação dos servidores da Agespisa (regime celetista) ao Instituto de Águas (regime estatutário). “Se colocado em vigor o Instituto de Águas e extinta a Agespisa, ou todos os servidores ficarão encostados na Empresa de Gestão de Recursos do Piauí ou serão demitidos. Tecnicamente, não há a menor possibilidade de os funcionários da Agespisa serem integrados ao Instituto de Águas”, analisa Fernando Santos, acrescentando ainda que não é possível redistribuir empregados públicos celetistas para empresas autárquicas.Segundo o Ministério Público, com a transformação, a Emgerpi, legalmente, teria que assumir todos os contratos relacionados aos servidores da Agespisa. “Desde 2007, há autorização para o Poder Executivo incorporar a Agespisa à Emgerpi. A incorporação de uma sociedade de economia mista por outra implica que a nova terá que assumir todos os direitos e todas as obrigações anteriores. A Emgerpi tem condições de fazer a incorporação dos servidores, do ponto de vista jurídico e econômico?”, indaga o promotor de justiça.
Imagem: DivulgaçãoPromotor Fernando Santos aponta inviabilidade jurídica na criação do Instituto de Águas
O secretário de Administração do Estado do Piauí, Francisco José Alves, garantiu durante a audiência que discutirá as questões jurídicas com Ministério Público e Procuradoria Geral do Estado do Piauí (PGE-PI). “Vamos esperar o contato da PGE para que possamos conversar sobre os pontos e saber que posições jurídicas iremos tomar”, esclarece Fernando Santos.A audiência pública foi proposta pelo deputado estadual Marden Menezes (PSDB). Estiveram presentes ainda os deputados Robert Rios (PDT), João de Deus (PT) e Evaldo Gomes (PTC); o presidente da Agespisa, Raimundo Trigo; os presidentes do Sindicato dos Engenheiros do Piauí, Antonio Florentino, e Sindicato dos Urbanitários, Francisco Ferreira de Sousa; o presidente do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí, Herbert Buenos Aires; e diversos servidores da Agespisa.
Imagem: DivulgaçãoAudiência na Alepi
Curta a página do GP1 no facebook: www.facebook.com/PortalGP1
Mais conteúdo sobre:
Ver todos os comentários | 0 |