Secretaria de Justiça do Piauí gasta R$ 4,4 milhões com empresa que vende verduras somente em 2013

A Secretaria de Justiça do Piauí desembolsou, somente no ano de 2013, a bagatela de 4.401.605,38 (Quatro milhões, quatrocentos e um mil, seiscentos e cinco reais e trinta e oito centavos) com uma única empresa para o fornecimento de materiais de consumo. Os pagamentos aconteceram na gestão do deputado Henrique Rebelo.

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Segundo o registro na Receita Federal, a empresa foi aberta em 2005 e possui como atividade ecônomica principal o comércio atacadista de carnes bovinas e suínas e derivados, além de trabalhar com serviços de locação de automóveis sem condutor, representantes comerciais e agentes do comércio de instrumentos e materiais odonto-médico-hospitalares  e representantes comerciais e agentes do comércio de jornais, revistas e outras publicações.
O GP1 foi até o endereço da empresa L C SANTOS REPRESENTAÇÕES LTDA, localizada no conjunto Vamos Ver o Sol, nº 4550, e encontrou uma “quitanda” com apenas um funcionário, o que chama atenção pela discrepância da estrutura do estabelecimento aos altos valores recebidos pela empresa.
No local funciona o frigorífico Fripi Carnes, que vende gêneros alimentícios dos mais variados, desde carnes até verduras.

Outro lado

Procurado pelo GP1, o secretário de Justiça interino, Francisco Kennedy, informou que a empresa tem uma logística própria de estocagem das carnes consumidas nos presídios, que vão das câmaras frigoríficas para os presídios, não passando obrigatoriamente pelo endereço da empresa.
“Sobre o fato da pequena estrutura do endereço da empresa, eles me informaram que o local não apresenta uma logística suficiente para que as carnes possam ser armazenadas ali, por isso elas partem de câmaras frigoríficas instaladas em outra localidade para então serem distribuídas nos presídios”, ressaltou.

Ainda de acordo com Francisco Kennedy, nove empresas participaram da licitação por meio de pregão presencial e a L.C. SANTOS REPRESENTACOES LTDA apresentou o menor valor para o fornecimento das carnes. “Até o momento a empresa está cumprindo o contrato. Não existe nenhum registro por parte dos diretores dos presídios sobre atraso no fornecimento das carnes”, completou.

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