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Delegada Andrea Magalhães denuncia crise na segurança pública do Estado

"Tem delegado respondendo por 14 cidades e agora ele vai responder por apenas uma. Temos 56 delegados no interior para 224 municípios", disse a presidente.

A delegada Andréa Magalhães, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Piauí (Sindepol), afirmou que a categoria iniciou uma paralisação de 24hrs por não aceitar o que tem acontecido com a categoria, que quer melhores condições de trabalho e que seja pago o reajuste salarial que ficou acertado no ano passado, no governo de Wilson Martins (PSB).

A delegada criticou o acúmulo de funções dos delegados e afirmou que isso não será mais permitido. ”Existe um acúmulo ilegal de cidades. Tem delegado respondendo por 14 cidades e agora ele vai responder por apenas uma. Temos 56 delegados no interior para 224 municípios. Então infelizmente o governador vai ficar sem delegado em mais ou menos 150 cidades. Quero ver ele suprir essa falta, pois para o servidor trabalhar ele precisa ser renumerado. Esses valores foram aprovados em lei, desde o ano passado. Eu peço ao Ministério Público para tomar uma atitude imediata”, disse.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Andre Magalhães(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Andre Magalhães
Andréa Magalhães afirmou que a crise na segurança pública chegou ao ponto de a categoria não conseguir exercer com as suas funções, nem mesmo em crimes hediondos, como homicídios.

“As unidades no interior estão sem viatura. Algumas foram recolhidas por falta de pagamento. Outras não têm combustível. Ontem teve homicídio em Cristino Castro. O contingente de lá é zero. Não existe policial civil e nem militar. Não tinha se quer combustível na delegacia mais próxima para ir até lá, pois é uma distância de 33 km. Então fica difícil prestar um serviço dessa forma. Gostaríamos de saber como fica a situação do policial que quer sair para uma diligência, mas não tem nem viatura e nem combustível. Essa é uma paralisação de advertência para a população saber como a segurança pública é tratada pelo Estado. Temos péssimas condições de trabalho, estamos sem viatura, sem combustível, sem efetivo, com acúmulo de funções, sem condição de prestar serviço e no final das contas, o servidor não é valorizado e ainda tem o próprio salário colocado em risco”, disse.

A delegada pediu que o governador se manifestasse sobre a situação. “Queremos que o governador apareça e mostre que vai honrar com os seus compromissos. O governo nos disse que não iria cumprir com o reajuste, mas nos causa estranheza uma crise que chegou da noite para o dia. Até a campanha política dizia que o governo não estava em crise e agora se alardeia essa crise financeira sem condições de pagar se quer o funcionalismo público”, disse a delegada.

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