Pai de Fernanda Lages conversa com policiais federais e diz não ter esperança no caso

Em entrevista ao Jornal do Piauí, Paulo Lages, pai da universitária Fernanda Lages, afirmou que a família não acredita que a Polícia Federal conseguirá desvendar a morte da estudante. A conversa com um policial federal fez a família acreditar que o resultado da PF pode ser parecido com o da Polícia Civil.


O pai da estudante disse que está sem esperanças em relação ao resultado da PF no caso Fernanda Lages e explica o motivo. “Eu recebi um policial federal aqui em Barras e, conversando sobre o caso, ele disse que até 30 dias o corpo deve retornar. Ele também comunicou que alguns resultados dos exames que foram feitos lá mostraram que as lesões no seu corpo foram resultados da queda e não de um espancamento. Permitimos a exumação para descobrirem alguma coisa, para contribuir com o caso. Quando eu falei com ele, eu senti que, na realidade, não mostrava nada de novo. Ele disse que a Polícia Federal só sabia do que aconteceu do portão pra fora e nada do que aconteceu lá dentro do prédio. Eu fico com a angústia de que não vai se chegar a um veredicto, a uma pessoa que cometeu esse crime”, disse Paulo Lages.

O pai de Fernanda disse que falou com o delegado da Polícia Federal que investiga o caso e pediu que o corpo voltasse o mais rápido possível para o cemitério da cidade de Barras. “Falei para o delegado que não queria de modo algum intervir no seu trabalho, quero apenas o retorno da Fernanda e que eles mostrem a conclusão a qual chegaram e depois vamos fazer uma entrevista coletiva para agradecer a todos que trabalharam nesse caso, ao apoio da imprensa, ao trabalho do Ministério Público. Eles afirmaram que a dificuldade é que pegaram no processo com mais de noventa dias e isso dificultava o trabalho”, disse o pai da universitária Fernanda Lages que mostrou estar muito desanimado em relação ao caso.

O promotor Ubiraci Rocha defendeu o trabalho realizado pela Polícia Federal. “Diferentemente do que a família pensa, a respeito das declarações do policial federal, eu acho que há um equívoco na interpretação das declarações do policial. Temos convicção pelo trabalho da Polícia Federal. Percebo que eles estão muito desanimados, mas o prazo da PF se encerra no início de abril, mas não se sabe quando os exames feitos no corpo virão para Teresina e o prazo deve aumentar. Com certeza, o resultado vai ser diferente do da Polícia Civil”, disse o promotor.