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Presidente da Agespisa anuncia privatização de serviços e servidores fazem protesto

Essa possibilidade não foi bem recebida pelos servidores, que entraram no auditório onde acontecia a coletiva e criticaram a atitude do presidente aos gritos de "Fora".

O presidente da Agespisa, Raimundo Nogueira Neto, anunciou durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (27), que será realizada uma audiência pública no dia 14 de dezembro para discutir a possibilidade de a empresa privatizar alguns serviços a fim de resolver alguns serviços da Agespisa.Essa possibilidade não foi bem recebida pelos servidores, que entraram no auditório onde acontecia a coletiva e criticaram a atitude do presidente aos gritos de “Fora”.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Raimundo Filho, presidente da Agespisa(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Raimundo Neto, presidente da Agespisa

Segundo o presidente, a ideia é que a empresa coloque 30% dos seus serviços para serem realizadas por empresas privadas, que ficariam responsabilizadas por realizar o saneamento básico em regiões mais críticas da capital. Raimundo Neto afirmou que essa privatização dos serviços não acarretaria em um aumento do que é pago pela população e que elas seriam sub-delegadas pela empresa.

“A ideia da audiência é discutir os problemas da Agespisa, pois os consumidores não estão satisfeitos com os nossos serviços. Teresina Tem 160 anos e só temos cerca de 17 a 20% de saneamento. Não podemos esperar mais 160 anos para mais 17%. Não temos capacidade de investimento e estamos endividados em mais de 1 bilhão de reais. Não temos mais capacidade de investimento.Então essa é uma sugestão que será discutida com os servidores e terá a participação do Ministério Público. A decisão final é do governador”, disse Raimundo Neto.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Servidores criticam a privatização(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Servidores criticam a privatização
A ideia de privatizar alguns serviços desagradou os servidores que participaram da coletiva e afirmaram que o presidente estava mentindo, pois acreditam que a ideia é a privatização total da empresa. Segundo o servidor Florentino Neto, a empresa vai mandar privatizar 60% dos serviços e as empresas privadas ficarão com a parte mais lucrativa da Agespisa.

“Eles fecharam para colocar todo o sistema operacional e comercial para privatizar, que é exatamente a parte que mais fatura na empresa. Eles vão entregar 60% da empresa. O problema aqui é que sempre entregam tudo a grupos políticos, se colocassem um técnico, ou alguém da casa, não haveria esse problema. Não estamos falidos, há como investir”, disse Florentino Neto.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Florentino Neto durante manifestação na Agespisa(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Florentino Neto durante manifestação na Agespisa

O presidente Raimundo Neto negou a privatização da empresa e reafirmou que essa seria a única maneira da Agespisa cumprir as metas estabelecidas através de um acordo feito com a prefeitura de Teresina.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Raimundo Nogueira Neto(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Raimundo Nogueira Neto

“Investigamos vários tipos de modelos, e esse vem dado certo em alguns estados e até países. A empresa vai receber pelo serviço que pagar. Ela terá um prazo de até 30 anos e depois esse serviço retorna para a Agespisa. Não estamos vendendo aditivo da empresa, é importante que se coloque isso. O objetivo da Agespisa é atender o consumidor e estamos buscando isso. Não podemos deixar que regiões como o Jacinta Andrade e Santa Maria da Codipi continuem sem água ou saneamento. Essas pessoas vão esperar quanto tempo por esse benefício?Não podemos dar todo o ano as mesmas desculpas e ficar esperando recursos do governo federal ou emendas da bancada federal”, disse Raimundo Neto.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Manifestação dos urbanitários durante entrevista coletiva na Agespisa(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Manifestação dos urbanitários durante entrevista coletiva na Agespisa

Segundo o presidente, a audiência pública será realizada no dia 14 de dezembro e terá a participação de vários representantes. Se o governo aceitar a sugestão, será aberta uma licitação pública, onde30% vão ser colocados para concorrência. Raimundo Neto já pediu sua exoneração no cargo de presidente da Agespisa e outro deve assumir até o fim de dezembro.

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Servidores protestam(Imagem:Bárbara Rodrigues/GP1)Servidores protestam

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