Carolina Matta
A enfermeira Victória Lorrane de Oliveira Seabra, de 29 anos, foi internada às pressas na manhã desse sábado (01), após um carro em alta velocidade colidir contra a motocicleta que ela estava na Avenida Maria Antonieta Bulamarqui, nzona leste de Teresina. A jovem está há dois dias em coma, recebendo cuidados médicos no hospital em que trabalha. O quadro de saúde dela é considerado gravíssimo. Ao GP1, Jane Oliveira, mãe da vítima, acusou um estudante de Medicina identificado pelas iniciais M.S.M.T, de ter atropelado sua filha.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que a motocicleta que a vítima estava trafega pela avenida, por volta das 7 horas, quando um carro modelo Volkswagen Golf GTI atingiu a traseira do veículo e fugiu do local em alta velocidade. Com o impacto, a enfermeira, que estava na garupa, e o condutor da moto caíram. Nas imagens, é possível ver que, após a colisão, o capacete de Victória Lorrane foi arremessado.
Jane Oliveira contou que a filha sofreu traumatismo craniano, enquanto o homem que pilotava a moto teve apenas escoriações. Ela destacou que o motorista do carro não prestou socorro. A enfermeira estava a caminho do trabalho, em um hospital particular na zona norte de Teresina, quando o acidente aconteceu.
“O motorista, ele fugiu. Ele nem parou. Passou voando. O estado de saúde da minha filha é muito grave. Só Deus para tirar ela dali, porque para Deus nada é impossível. O médico mesmo disse que o risco de morte dela é muito grande. A Victória estava indo trabalhar, dar o plantão dela. Já o motorista devia tá vindo de uma balada, só podia estar drogado, bêbado, para estar numa velocidade daquela e passar por cima dos outros, como se nada fosse acontecer. Mas a gente está pedindo justiça. A gente quer justiça. Um anjo que estava passando na hora seguiu e pegou a placa do carro, que é desse estudante de Medicina de uma faculdade particular de Teresina. Até o momento ninguém da família dele me procurou", declarou a mãe da enfermeira.
Victória Lorrane tem uma filha de 12 anos. A avó da menina diz que tem enfrentado o diagnóstico dos médicos, pois acredita na cura da enfermeira. "Eu senti que a psicóloga falou que é bom preparar a menina, levar ela para ver a mãe dela, como se ela [Victória] não tivesse a chance de voltar. A minha neta fica triste, chorando, não quer ir para a escola. É um sofrimento muito grande para a família” relatou Jane.
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