Na tarde desta terça-feira (20), o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), comentou sobre a reportagem do GP1 que revelou os repasses milionários da Fundação Municipal de Saúde (FMS) à Associação Piauiense de Combate ao Câncer – Hospital São Marcos, sob a gestão de Charles Silveira, apesar de a instituição possuir um débito de R$ 56 milhões com o Município de Teresina.
Em comentário nas redes sociais, o prefeito afirmou que o conteúdo publicado pelo GP1 era uma “narrativa”, ressaltando que Charles Silveira, que deixou o comando da FMS, “não é corrupto”.

A reportagem em questão não trouxe qualquer “narrativa”, tampouco mencionou ou insinuou que Charles Silveira é "corrupto". O conteúdo se baseou exclusivamente em fatos documentados pela própria FMS. A matéria teve como fundamento um relatório emitido pelo órgão e encaminhado ao Ministério Público em 23 de maio de 2024. Após receber o documento, o Ministério Público Estadual solicitou uma investigação à Polícia Civil, resultando na instauração de um inquérito para apurar o caso.
Além disso, o conteúdo se sustentou em um ofício assinado pelo então presidente da FMS, Ítalo Costa Sales, que detalhou o débito e explicou como a dívida do hospital chegou a esse montante.
Como já esclarecido em outras reportagens, a dívida decorre de inúmeros empréstimos contraídos pelo hospital, tendo como garantia os repasses do Fundo Nacional de Saúde (FNS). De acordo com o relatório, o FNS descontou as parcelas diretamente nos repasses destinados ao Fundo Municipal de Saúde, mas a FMS deixou de realizar muitos desses descontos mensais, o que gerou o débito milionário.
Portanto, o que deveria ser questionado não são as reportagens, mas sim o fato de essa situação ter virado caso de polícia, com instauração de inquérito pelo Departamento de Combate à Corrupção – DECCOR.
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