O falso advogado Antônio de Pádua Mota Reis, preso nessa quinta-feira (9) em Teresina, é réu em um processo no qual é acusado aplicar um golpe de R$ 32 mil contra a própria tia, acometida por um câncer. O GP1 obteve acesso aos autos do processo, que tramita na 3ª Vara Criminal da Comarca de Teresina.
A denúncia do Ministério Público em desfavor de Antônio de Pádua foi recebida no dia 4 de setembro do ano passado. Segundo a ação, o réu, aproveitando-se da condição da tia, à época dos fatos com 76 anos, obteve para si vantagem econômica ilícita no valor superior a R$ 32 mil.
Consta na denúncia que Antônio de Pádua pediu o valor de R$ 32 mil para a tia a fim de custear taxas para liberação de um empréstimo de valor maior, que, segundo ele, seria utilizado pela idosa no seu tratamento do câncer.
O Ministério Público se manifestou pela impossibilidade de proposta de Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), sob o argumento de tal medida não se mostrar suficiente para reprimir o crime de estelionato em questão.
Acusado não foi localizado
Antônio de Pádua não foi localizado para se manifestar no processo e, citado por edital, não houve qualquer manifestação. Diante disso, em decisão proferida em 17 de outubro do ano passado, o juiz João Antônio Bittencourt determinou a citação pessoal do réu, indicando dois endereços em Teresina.
No dia 11 de novembro, o oficial de justiça designado pelo cumprimento da ordem judicial emitiu certidão informando não ter localizado Antônio de Pádua.
Preso em Teresina
Antônio de Pádua foi preso na manhã dessa quinta (9) em um restaurante na zona sul de Teresina, acusado de aplicar golpe de aproximadamente R$ 4 mil em uma jovem que conheceu na internet. A informação foi revelada pelo delegado Ayslan Magalhães, da 2ª Delegacia Seccional de Parnaíba, cidade onde reside a vítima.
“A vítima era uma jovem que foi ludibriada por esse indivíduo. Eles se conheceram no aplicativo Tinder e ele, após várias conversas com ela, a convenceu a fazer alguns empréstimos em seu nome, só que para fazer esses empréstimos essa vítima tinha que depositar vários valores como se fossem taxa para aprovação”, disse a autoridade policial.
O delegado Ayslan Magalhães ressaltou que o réu já tem várias passagens na polícia por estelionato.
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