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Teresina - Piauí

Motorista de aplicativo vai para o banco dos réus por espancar a namorada em Teresina

A decisão que recebeu a denúncia foi dada pelo juiz João de Castro e Silva, nessa segunda-feira (15).

O motorista de aplicativo, Filipe do Valle Prado, virou réu acusado dos crimes de lesão corporal grave e cárcere privado contra a namorada, além de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. A decisão que recebeu a denúncia foi dada pelo juiz João de Castro e Silva, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Teresina, nessa segunda-feira (15).

Ao receber a denúncia, o magistrado determinou a citação de Filipe para que no prazo de 10 dias responda à acusação, “devendo desde logo arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa – inclusive no tocante ao mérito - oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação quando necessário”.


Foto: Brunno Suênio/GP1Filipe do Valle Prado
Filipe do Valle Prado

Mesmo tendo sido indiciado pela Polícia Civil por tentativa de feminicídio, o representante do Ministério Público decidiu denunciar Filipe por lesão corporal grave. “O promotor não entendeu pelo feminicídio, mas pela lesão corporal grave, cárcere privado e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, porque durante a extração do celular, foram analisadas imagens e encontradas imagens da arma em que ele, em determinado período de tempo, disse que tinha uma arma. Não que essa arma estivesse com ele no dia do fato, ele teria essa arma em momento anterior, no entanto, o promotor entendeu pela posse ilegal de arma de fogo”, explicou a delegada Nathália Figueiredo, responsável pelo inquérito.

Entenda o caso

O motorista de aplicativo Filipe do Valle Prado, 30 anos, foi preso no dia 20 de maio de 2024, acusado de espancar a namorada por 6 horas em um motel na zona sul de Teresina. O crime ocorreu no dia 11 de maio.

A investigação policial, capitaneada pela delegada Nathalia Figueiredo, constatou que depois de ser levada à força, da frente do condomínio onde morava, Filipe Prado a colocou dentro do carro e, logo em seguida, deu entrada em motel, na zona sul da Capital, onde ocorreram as agressões.

“Eles deram entrada no motel por volta de 8h da manhã do sábado e a vítima ficou cerca de seis horas nesse motel, sofrendo as agressões. Ela gritava tanto que chamou até mesmo a atenção de funcionários do estabelecimento e de clientes, mas ninguém realizou o acionamento da Polícia Militar. Quando foi por volta das 15 horas, do sábado, um dos familiares recebeu a ligação dele, porque ele não tinha dinheiro para pagar e a vítima não conseguia ter acesso ao aplicativo”, relatou a delegada Nathália Figueiredo.

Após apuração dos fatos, a autoridade policial representou pela prisão preventiva de Filipe do Valle Prado, que foi determinada e a medida foi cumprida por duas vezes. Na primeira vez, no dia 17 de maio, porém, o juiz do plantão da audiência de custódia, Antônio Lopes de Oliveira, determinou sua soltura.

Já no dia 20, após repercussão negativa do caso, o juiz que havia determinado a primeira prisão determinou, novamente, sua prisão preventiva, que foi cumprida no dia 20 de maio e, desde então, ele permanece preso.

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