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Teresina - Piauí

DRACO indicia membros do PCC que incendiaram ônibus na zona norte de Teresina

O inquérito policial que resultou no indiciamento dos investigados foi encerrado em 03 de julho de 2024.

A Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), indiciou oito membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) por constituição de organização criminosa, prevista no art. 2º da Lei 12.859/2013. Todos eles possuem vasto histórico criminal e grande parte dos investigados são apontados como coautores do incêndio a ônibus no Mocambinho, ocorrido em 17 de abril de 2023.

O inquérito policial que resultou no indiciamento dos investigados foi encerrado em 03 de julho de 2024 e assinado pelo delegado Laércio Ivando Evangelista.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1O Primeiro Comando da Capital - PCC
O Primeiro Comando da Capital - PCC

Célula criminosa

Conforme a investigação da Polícia Civil, Wallyson da Silva Barroso, vulgo Wallyson Negão; Antonio Denielson Viana da Silva, alcunha Dan Dan; Eric Reyjan Pavão Reis, vulgo Colômbia; Vicente Paulo da Silva Junior, de alcunha Gago ou Mente Milionária; Jarlison Silva Rodrigues, vulgo Jarlin; Ednaldo Mota da Conceição, vulgo Shrek;Karion Cristiano de Macedo Pedrosa, de alcunha Kairon do Grau; e Matheus de Sousa Santos, vulgo Mateus Playboy; integram a célula da organização criminosa que atua na Vila Mocambinho, situada na zona norte de Teresina. Dos oito citados, quatro tem envolvimento com o incêndio dos ônibus.


Segundo informações do DRACO, Mateus Playboy foi quem ordenou os ataques aos ônibus. Ednaldo Mota ficou encarregado de adquirir o combustível utilizado no incêndio, enquanto a execução da ação foi realizada por Eric Reyjan e Antônio Denielson.

Conforme o relatório do DRACO, há um ponto em comum entre os indivíduos investigados: todos faziam parte de um grupo no WhatsApp intitulado “Futebol g5”, onde ocorria a articulação de crimes, troca de informações sobre operações policiais, monitoramento de autoridades e agentes de segurança, além de discussões sobre as punições do Tribunal do Crime. A prisão de Wallyson Negão foi crucial para que a polícia conseguisse desmantelar a célula da facção.

Embasamento do inquérito

Todos os indiciados já eram investigados pelo DRACO por integrar facção criminosa, entretanto, em uma das diligências para cumprimento de mandado de busca e apreensão, os policiais foram direcionados ao endereço de Wallyson Negão. Na ocasião, ele foi preso em flagrante, e Eric Reyjan, que dormia na casa dele, teve o celular apreendido. A partir daí, a quebra de sigilo telemático mostrou a relação estreita que este segundo possuía com outros membros do PCC, incluindo a troca de conversas em grupo e sua ficha de batismo na facção.

Eric Reyjan é apontado como líder da organização criminosa na região do Mocambinho, e tem histórico de envolvimento com agiotagem. Ele também é acusado de participação em outros crimes, incluindo posse ilegal de arma de fogo, já que um arsenal foi encontrado tanto em sua residência quanto na de comparsas ligados à agiotagem. Ele tinha uma relação próxima com Wallyson Negão e Antônio Denielson, conhecido como Dan Dan.

Antônio Denielson e Wallyson Negão são responsáveis, respectivamente, pela aquisição de armas de fogo e pela manutenção da disciplina dentro da facção. Ambos estão sob investigação pelo homicídio de José Wellington dos Santos, conhecido como Neguin, morto com disparos de arma de fogo em 21 de dezembro de 2022, no bairro Água Mineral.

Dan Dan acumula processos criminais por homicídio, tentativa de homicídio, roubo qualificado, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Ele também é apontado como um dos executores de Erieldson Ribeiro da Silva, adolescente de 14 anos confundido com um membro de facção rival, cujo assassinato brutal foi gravado em vídeo e compartilhado nas redes sociais.

Wallyson Negão está sob investigação por seu suposto envolvimento nas mortes de Dino Rafael Carvalho Sousa, Alexandre Nunes dos Santos, Felipe Vieira dos Santos, Francisco Eliaquim da Silva Alves e João Pedro Rocha Coelho.

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