O funcionário público Valdevan Furtado dos Santos, de 34 anos, foi preso em flagrante, na madrugada dessa segunda-feira (17), acusado de agredir e ameaçar a namorada, a engenheira Danielle Barroso, de 25 anos. O caso aconteceu no município de Pedro II, no Norte do estado.
Em um vídeo publicado em sua página no Instagram, Danielle relata os momentos de terror que passou. Segundo ela, as agressões iniciaram em uma lanchonete. “Eu fui agredida pelo meu ex-namorado, iniciou na lanchonete Brasa Burguer uma discussão com a amiga dele presente na mesa, quando eu me levantei para me retirar da mesa, ele veio atrás de mim e minha amiga Luana estava comigo tentando me defender e a cada vez que ela tentava me defender, ele agredia ela também com empurrão, tapa, apontando a arma para ela, da mesma forma comigo, empurrou e meu deu tapa”, contou.
“Ele mordeu a minha bochecha e depois disso, para evitar uma confusão maior, eu me retirei e tentando preservar a imagem e integridade física da Luana, eu entrei no meu carro, no banco do passageiro com ele e ele saiu dirigindo”, continuou Danielle.
Acusado simulou acidente de carro
Ainda conforme a engenheira, o acusado simulou um acidente para tentar mascarar as agressões. “Quando ele deu o retorno e viu o carro estacionado na calçada, ele bateu meu carro, que deu perda total, a parte da frente ficou destruída e ele jogou o carro de propósito para que ele pudesse dizer que os hematomas tinham sido causados pelo acidente”, afirmou Danielle.
“Depois que ele bateu [o carro], eu tentei fugir dele, corri para tentar me proteger, consegui entrar em uma casa aberta, só que ele me acompanhou, puxou o meu cabelo e me arrastou pelo calçamento até voltar ao carro, minhas pernas estão todas feridas”, lembrou a vítima.
Minutos de terror
Segundo a vítima, Valdevan bloqueou o celular dela para que ela não pudesse pedir ajuda vivendo mais 15 minutos de terrorismo. “Ele bloqueou meu celular, tentou várias senhas, a ponto de bloquear o meu celular para que eu não conseguisse chamar a ajuda de ninguém, não consegui, fiquei 15 minutos sem conseguir pedir ajuda junto a uma situação de pânico que eu não desejo para nenhuma mulher, ainda mais [vindo] de uma pessoa que você confiava”, lamentou.
“Aí no momento em que eu consegui avisar onde eu estava, Luana chegou e eu subi na motocicleta de um motoboy para tentar fugir, mas ele me alcançou, me puxou pela blusa e me derrubou no chão e derrubou o rapaz da moto também que estava tentando me ajudar e apontou a arma para ele e para a Luana”, completou a engenheira.
Refúgio em hospital
Posteriormente, ela recebeu ajuda de outro rapaz que a levou em seu carro até o Hospital Josefina Getirana Netta, contudo, o acusado também foi até a unidade hospitalar afirmando que ela estava exagerando.
“Eu consegui entrar no hospital e me escondi dentro da enfermaria. Ele entrou no hospital se fazendo de sonso dizendo que eu era uma dissimulada, que eu estava exagerando em tudo, mesmo eu estando com a minha boca sangrando. Ele entrou na enfermaria onde eu estava, mas eu consegui correr e fui para perto do necrotério, depois a polícia chegou”, declarou Danielle.
B.O.
Ainda de acordo com a vítima, ela registrou Boletim de Ocorrência e conseguiu medidas protetivas contra ele. “Eu não vou me calar, eu não vou aceitar que tudo isso passe despercebido. Fiz o BO na delegacia e no momento ele se encontra preso. Ele não pode entrar em contato comigo, não pode se aproximar”, disse Danielle.
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