O GP1 conseguiu com exclusividade os nomes dos dois policiais militares presos, nesta segunda-feira (13), durante a Operação Interditados, coordenada pela Superintendência de Operações Integradas (SOI). Ambos são soldados e foram nomeados em junho de 2023.
Eles foram identificados como Francisco de Assis da Silva Filho, que foi preso em virtude de mandado de prisão temporária e ainda em flagrante por posse ilegal de arma de fogo; e Handel Pontes Veloso, que foi preso preventivamente. Ele estava de serviço, no momento da prisão.
Os policiais são acusados de acessar sistemas para realizar consultas de IMEIs, e cobrar indevidamente aos lojistas o valor de R$ 10,00 a R$ 20,00 por cada consulta.
Segundo as investigações, os policiais recebiam vantagem econômica para fornecer informações sobre registros em plataforma, a qual tinham acesso em razão do ofício desempenhado, para verificar a situação de aparelhos celulares, conduta esta diametralmente oposta àquela esperada dos agentes de segurança, pois, ao invés de agirem no combate à criminalidade, envolveram-se em atividades criminosas e acobertaram ações ilícitas.
Liderança
De acordo com as informações do delegado Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, as investigações apontaram que Handel Pontes Veloso era o líder do esquema.
“Um dos PMs foi preso preventivamente porque era ele que encabeçava e estava na linha de frente na cobrança desses IMEIs. No momento da busca, um dos PMs [Handel] estava com uma arma sem registro e também acabou sendo autuado em flagrante pela posse regular de arma de fogo”, declarou Zanatta.
O delegado garantiu que esse tipo de conduta de agentes da Segurança público será combatido. "A Secretaria de Segurança Pública não vai aceitar esse tipo de situação, esse tipo de conduta que está tipificada no crime de corrupção e também no crime de prevaricação", reforçou.
“Esses PMs, especificamente, estão sendo enquadrados no crime de prevaricação porque a partir do momento que eles fazem a consulta de um IMEI de um celular que é roubado, furtado e não faz nada, não faz a apreensão do celular, eles respondem pela omissão que se caracteriza pela prevaricação. E a corrupção também pela cobrança da consulta do IMEI do celular”, declarou Zanatta.
Policial preso em Parnaíba
No final de abril, um outro policial militar já havia sido preso suspeito de vender informações sigilosas da polícia para lojistas que trabalham com venda de celulares, o que configura crime de violação de sigilo funcional e corrupção passiva.
Helnatan Kleyton dos Santos Teixeira foi preso durante a 17ª fase da Operação Interditados, em Parnaíba.
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