A servidora pública Marinalva Santana, vice-coordenadora do Grupo Matizes, que atua na defesa da população LGBTQIA+, deixará o Partido dos Trabalhadores e se filiará ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), para disputar o cargo de vereadora de Teresina nas eleições deste ano. Militante histórica do PT, ela lidera uma dissidência de aproximadamente 20 nomes que deixarão a sigla petista.
Marinalva Santana, que é presidente do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBTQUIA+, se filiará ao PSOL no dia 26 de março, durante evento na sede Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI). Em entrevista ao GP1, nesta quinta-feira (7), ela explicou que a saída do PT é motivada por divergências quanto à administração do Governo do Estado, e também em relação à construção da pré-candidatura de Fábio Novo (PT) ao Palácio da Cidade.
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“Cerca de vinte lideranças do movimento social se filiarão ao PSOL. Parte dessas lideranças eram filiadas ao PT. Estão saindo por discordarem da linha adotada pelo PT, de governabilidade a qualquer custo, inclusive com a adoção de práticas clientelistas”, disse Marinalva.
“Blocão do PT”
Ainda segundo Marinalva, os quadros que estão deixando o PT discordam, sobretudo, das alianças que vêm sendo costuradas em torno da pré-candidatura do deputado estadual Fábio Novo.
“Há um inconformismo muito grande com essas alianças em torno da candidatura do Fábio Novo, muitos bolsonaristas, fundamentalistas religiosos. A gente sabe que, quando os fundamentalistas ‘aderem’ a alguma candidatura, a primeira negociata é para rifar nossas pautas. Nesse blocão do PT em Teresina não cabe nós LGBTQIA”, concluiu a vice-coordenadora do Grupo Matizes.
O ato de filiação ao PSOL contará com a presença de dirigentes nacionais do partido.
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