O promotor Régis de Moraes Marinho, da 13ª Promotoria de Justiça, do Ministério Público do Piauí, requereu que seja fixada uma indenização de R$ 100 mil a ser paga pelo empresário Eliesio Marinho da Silva, acusado de matar a esposa Kamila Carvalho do Nascimento com um tiro na cabeça em outubro de 2023, em Teresina. O valor deve ser destinado à família da vítima.
O pedido faz parte da denúncia do promotor, ajuizada em 19 de janeiro e encaminhada ao Judiciário piauiense. O montante deve ser pago em caso de sentença condenatória. “Seja fixada, em favor dos familiares da vítima e em sede de eventual Sentença Condenatória, o valor mínimo de R$ 100.000,00 (cem mil reais), a título de reparação dos danos causados pela infração, já que impossível mensurar o valor de uma vida”, destacou o promotor na denúncia.
Promotor criticou soltura do empresário
Régis de Moraes Marinho criticou também a soltura de Eliesio Marinho da Silva. O membro do Ministério Público ressaltou que o órgão não foi ouvido sobre a soltura do empresário. “Em 25 de janeiro de 2024, o Douto Juízo da Vara da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina-PI, sem oportunizar manifestação a este Órgão de Acusação, bem ainda sem que tenha sido protocolado pedido de revogação pela Defesa do denunciado, converteu em medidas cautelares a prisão preventiva de Eliesio Marinho da Silva”, argumentou.
Eliesio estava preso desde o dia 23 de outubro, mas foi solto neste mês de janeiro após decisão do juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, que concedeu liberdade mediante aplicação de medidas cautelares.
Para o promotor, as medidas cautelares impostas se mostram insuficientes para a garantia da ordem pública, da aplicação da lei penal e da conveniência da instrução processual e pena, sendo necessária a decretação da prisão preventiva.
Relembre o caso
Kamila Carvalho do Nascimento, de 22 anos, foi encontrada morta, com um disparo de arma de fogo na cabeça, na madrugada de 20 de outubro de 2023, dentro da casa onde morava com o marido e a filha de 2 anos, no bairro Aeroporto, na zona norte de Teresina.
O marido de Kamila, que é corretor de veículos, acionou um advogado e deixou a residência antes da chegada do DHPP. A mulher foi encontrada nua em um dos quartos do imóvel, segurando uma faca, mas os indícios apontam que ela foi morta com um disparo de arma de fogo na cabeça.
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