Wanessa Gommes
O juiz Alexsandro de Araújo Trindade, da Central de Audiência de Custódia de Teresina, converteu em preventiva a prisão em flagrante de Adriano Alves de Araújo acusado de matar o empresário Otávio Vinicius Coutinho Nascimento, na zona norte de Teresina. A decisão foi dada na quarta-feira (21).
O magistrado destacou na decisão que ficou demonstrada a materialidade, além da existência de indícios suficientes de autoria do delito.
“No caso em tela, a liberdade do custodiado revela-se comprometedora à garantia da ordem pública, seja pela gravidade concreta da conduta, seja pelo risco concreto de reiteração delitiva por parte do custodiado”, ressaltou o juiz Alexsandro de Araújo.
O crime
Um criminoso invadiu a loja CN Tech e matou a tiros o proprietário do estabelecimento, Otávio Vinícius, na tarde da última segunda-feira (19), na Rua Lourival Mesquita, na região da Grande Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.
Informações de populares da localidade dão conta de que o acusado conseguiu adentrar na loja de celulares e assim que visualizou a vítima, efetuou os disparos de arma de fogo. Toda a cena foi registrada por uma câmera de segurança instalada no próprio estabelecimento.
Adriano Alves foi preso no dia seguinte ao crime, na Vila Apolônia. Com ele, foi apreendida uma motocicleta que será submetida a perícia, a fim de verificar se o veículo foi o mesmo que os criminosos usaram para se deslocar até o estabelecimento comercial da vítima, onde aconteceu o homicídio.
Briga entre facções
O delegado titular da 3ª Delegacia Seccional de Teresina, Samuel Silveira, afirmou na tarde de terça-feira (20) que a morte do empresário Otávio Vinicius ocorreu em razão da disputa entre o PCC e o Bonde dos 40, facção a qual a vítima pertencia.
Segundo o delegado, com a prisão de um dos acusados de participação na morte do empresário, os policiais descobriram que Adriano, preso nesta terça-feira, já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio por parte de Otávio Vinicius. A prisão foi resultado de ação conjunta entre o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa e a 3º Delegacia Seccional.
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